NIGHT COURT

Tribunal Noturno: nova sitcom da HBO Max com ex-The Big Bang Theory é boa?

Série protagonizada por Melissa Rauch é uma das novidades do streaming roxo
DIVULGAÇÃO/NBC
Melissa Rauch em cena da sitcom Tribunal Noturno
Melissa Rauch em cena da sitcom Tribunal Noturno

Entre as séries de maior destaque da temporada 2022-2023, Tribunal Noturno (Night Court) está disponível na HBO Max. A sitcom cheia de altos e baixos tem o protagonismo de Melissa Rauch, a Bernadette de The Big Bang Theory, e é continuação da série homônima exibida entre 1984 e 1992. A comédia jurídica é boa? Vale a pena a maratona?

Antes de tudo, é preciso ter em mente de que se trata de uma sitcom clássica, com claque, risos forçados e piadas sem graça. É esse o estilo, o que faz a série ter mais baixos do que altos ao longo dos 16 episódios da primeira temporada.

Melissa é o principal destaque na coluna dos pontos positivos. Ela caiu como uma luva na pele da juíza Abby Stone, filha do juiz Harold “Harry” T. Stone (Harry Anderson), o protagonista da trama original. Há outras características boas que merecem ser consideradas.

A montanha-russa de Tribunal Noturno se deu também no ibope. O começo foi avassalador, culminando em uma renovação quase instantânea para a segunda temporada. Porém, com a velocidade que virou popular a série despencou. A queda no ibope foi em níveis históricos, performance (negativa) rara de ser vista.

Trama e trajetória de Tribunal Noturno

No centro do revival de Night Court está Abby. Ela assume a posição que o pai exercia há quatro décadas, chefiando o turno noturno da Corte Criminal de Manhattan, na cidade de Nova York.

Além da juíza, outra conexão com a comédia mãe é o advogado Dan Fielding (John Larroquette). Lá na série matriz, ele era um jovem mulherengo e promotor público, argumentando a favor do Estado. Agora, sem qualquer apreço pelo convívio social, ele trabalha (a contragosto) como advogado de defesa.

India de Beaufort e John Larroquette em Tribunal Noturno
India de Beaufort e John Larroquette em Tribunal Noturno

Um dos pontos negativos é a concentração excessiva nos dois personagens principais, Abby e Dan, sem abrir espaço aos coadjuvantes. E olha que são boas as opções; a promotora pública Olivia (India de Beaufort, de Amigas Para Sempre) é uma delas.

Olivia deveria ter sido melhor explorada na primeira temporada. Sua principal marca é a insegurança e a falta de jeito ao cair em saias justas. Se por um lado Abby é a voz do otimismo e símbolo da positividade, Olivia exala ambição, encarando o trabalho notívago como apenas uma fase de uma longa carreira no direito (ao menos assim ela imagina).

Tribunal Noturno começa de forma agradável. A dinâmica da corte funciona bem, com personagens em lados opostos gerando todo tipo de conflito. Nessa balança, Dan é o peso da visão ranzinza e desesperançosa da vida, contrastando com a perspectiva quase utópica da juíza Abby.

O problema é que a comédia é muito repetitiva, seja nas piadas ou no jeito de contar a história. Isso fez com que o público americano largasse a trama no meio do caminho, resultando na queda drástica de audiência, no “ao vivo”. Se o primeiro episódio foi visto por 7,55 milhões de telespectadores, o último da primeira temporada teve público de apenas 2,42 milhões de pessoas.

Na métrica de “ao vivo” +7 (dias), Tribunal Noturno até que não foi mal. No ranking final da temporada 2022-2023, a sitcom ficou entre os 50 programas mais vistos de toda a TV americana, com média de 5,20 milhões de telespectadores por episódio. Esse desempenho foi melhor do que Grey’s Anatomy, New Amsterdam, La Brea e The Resident, por exemplo.


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