FUGA

Night Court: sitcom fenômeno da temporada sofre queda de audiência histórica

Comédia jurídica perdeu quase um terço do público em dois meses
DIVULGAÇÃO/NBC
Melissa Rauch na 1ª temporada de Night Court
Melissa Rauch na 1ª temporada de Night Court

Logo no primeiro mês do ano, estreou na rede americana NBC a sitcom Night Court, liderada por Melissa Rauch, a Bernadette de The Big Bang Theory. Rapidamente, a comédia virou fenômeno de audiência e ganhou renovação quase instantânea para a segunda leva. Porém, com a velocidade que virou popular a série despencou. A queda no ibope está em níveis históricos, uma performance (negativa) rara de ser vista.

O padrão é uma série perder audiência com o passar do tempo, ainda mais na primeira temporada. Nos últimos anos, apenas exceções ganharam público com o avanço dos episódios, mais notoriamente Grey’s Anatomy (2005) e Empire (2015). Porém, o tombo de Night Court é acima do normal.

A NBC não via números tão bons para uma comédia em cinco anos desde o revival de Will & Grace. O primeiro episódio foi acompanhado por 7,55 milhões de telespectadores. Em janeiro, 25 milhões de pessoas assistiram à comédia jurídica. A renovação decretada era incontestável.

Quando entrou em fevereiro, no segundo mês no ar, Night Court viu a fuga do público se acentuar, só aumentando semana após semana. O episódio mais recente, exibido no último dia 11, foi visto por 2,77 milhões de pessoas, quase 5 milhões a menos em comparação ao capítulo de estreia.

India de Beaufort em Night Court
India de Beaufort em Night Court

Motivos da queda de audiência de Night Court

Night Court é um revival da série homônima, no ar entre 1984 e 1992 também na NBC. A continuação apresenta Melissa Rauch na pele da juíza Abby Stone, filha do juiz Harold “Harry” T. Stone (Harry Anderson), o protagonista da trama original. Abby assume a posição que o pai exercia há quatro décadas, chefiando o turno noturno da Corte Criminal de Manhattan, em Nova York.

Outra conexão entre as duas comédias é o advogado Dan Fielding (John Larroquette). Lá na série matriz, ele era um jovem mulherengo e promotor público, argumentando a favor do Estado. Agora, sem qualquer apreço pelo convívio social, ele trabalha (a contragosto) como advogado de defesa.

Um dos pontos negativos é a concentração excessiva nos dois personagens principais, Abby e Dan, sem dar destaque para os coadjuvantes. O elenco de apoio tem boas figuras, como a promotora pública Olivia (India de Beaufort, de Amigas Para Sempre), mas são pouco exploradas. O passado e vida fora da corte de Olivia são praticamente desconhecidos, com uma ou outra informação dada sem aprofundamento.

Night Court também tem sido muito repetitiva, seja nas piadas ou no jeito de contar a história. Por isso o público tem desistido ao longo do caminho. Quem começa a assistir até gosta do que vê e segue a maratona. Contudo, quando chega lá no quinto, sexto episódio nota-se que é mais do mesmo. Daí, pula fora do barco.

Menos mal para Night Court que esses problemas são fáceis de serem corrigidos. A questão de explorar mais o mundo fora do tribunal pode ter inspiração em Abbott Elementary, cuja segunda temporada passou a mostrar os professores longe da sala de aula, rendendo histórias interessantes e divertidas.

Por enquanto, a comédia jurídica não está sendo exibida no Brasil.


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