Uma das séries mais bem avaliadas da atualidade, com duas indicações ao Emmy de melhor drama, Yellowjackets sofre com grave instabilidade no planejamento. De acordo com o site Deadline, a terceira temporada da atração só será lançada em 2025. Assim, vão ser três temporadas em cinco anos, período no qual, normalmente, uma série entrega cinco levas de episódios.
Não é só a greve dupla hollywoodiana do ano passado que afeta o cronograma. Outras questões estão em jogo, de aspectos criativos a logísticos. Tanto que a segunda temporada de Yellowjackets foi lançada 16 meses após o debute da série (a estreia foi em novembro de 2021). Por sua vez, o último episódio da segunda temporada saiu em maio de 2023.
Isso para entregar dez, nove episódios. Claro, trata-se de uma produção refinada e com o orçamento nas alturas. Não é uma drama padrão, como Law & Order: SVU, que por sua natureza mais simplória fecha 20 e tantos episódios em um único ano.
Dito isso, ciente do trabalhão que é fazer uma série do nível de Yellowjackets, o público tem razão de questionar se vale mesmo a pena investir nessa história, se não é perda de tempo se preocupar com os personagens da narrativa. Quem, com exceção dos fãs comprometidos, vai se lembrar, em pleno ano de 2025, o que viu durante uma hora no mês de maio dois anos antes?
Evidente, o risco é grande de perder o interesse e engajamento do drama. É preciso que o grupo Paramount, dono de Yellowjackets, faça uma campanha de marketing agressiva para levar o público médio a rever ao menos os episódios finais da segunda temporada e ter fresco na memória o que aconteceu antes de embarcar na terceira leva.
Concorrentes do conglomerado da montanha conseguem esse tipo de avivamento. A Netflix viu The Crown antiga ressurgir antes das novas temporadas chegarem. O mesmo se deu com a HBO Max com séries do selo HBO tipo Euphoria e True Detective.
Yellowjackets aterrissa no Brasil, com episódios inéditos, primeiro no Paramount+. A série também está disponível na Netflix, com somente a primeira temporada.
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