DE SAÍDA

Série símbolo da Netflix, Lilyhammer será removida da plataforma

Com cenas gravadas no Rio, drama norueguês foi o primeiro distribuído pela empresa
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Steven Van Zandt em cena de Lilyhammer
Steven Van Zandt em cena de Lilyhammer

Atração norueguesa que fez história na Netflix, Lilyhammer será removida da plataforma. A primeira série que foi distribuída com exclusividade pela gigante do streaming sairá do catálogo em 21 de novembro. Curiosamente, a empresa está “escondendo” essa informação do público, não exibindo a data como é de praxe, na página da série. O aviso aparece apenas quando é dado o play em algum episódio (canto superior esquerdo).

A data de 21 de novembro de 2022 marca exatamente oito anos do lançamento da terceira e última temporada da produção na Netflix: 21 de novembro de 2014.

Essa é a segunda série dos primeiros anos da Netflix, como produtora e distribuidora de conteúdo, que deixa a plataforma. Lilyhammer está seguindo os passos de Hemlock Grove. A razão da remoção é similar nas duas situações.

A empresa simplesmente optou pela não renovação do licenciamento. Nenhuma dessas duas séries são produções originais da Netflix, de fato. No caso de Lilyhammer, os direitos voltam para a SevenOne International e Red Arrow Studios.

Foi com Lilyhammer que veio a ideia de lançar uma temporada completa de uma só vez. O drama, sobre um mafioso de Nova York que vai parar na Noruega por fazer parte de um programa de proteção a testemunhas, foi exibido na no país nórdico em janeiro de 2012. No mês seguinte, a série entrou na Netflix, começando pelos Estados Unidos e Canadá, e gradativamente entrou no catálogo de outros países (não foi um lançamento simultâneo).

Aviso de remoção de Lilyhammer
Aviso de remoção de Lilyhammer

Em fevereiro deste ano, celebrando os dez anos do lançamento de Lilyhammer na Netflix, o co-CEO e chefe de conteúdo do streaming, Ted Sarandos, relembrou como foi a negociação para adquirir a trama. 

“Assistimos aos episódios e estávamos apaixonados pela série”, relembrou, em depoimento dado para a própria Netflix. “Aceitamos comprá-la e encomendamos a segunda temporada, sem saber que quase todas as séries da TV norueguesa só duravam uma temporada e tinham longos hiatos, caso houvesse mais de uma. Conversamos e fizemos um acordo.”

Sarandos contou como foi avisar o protagonista Steven Van Zandt, que também foi roteirista, diretor e produtor de Lilyhammer, que a série iria entrar de uma só vez na plataforma.

Quando eu disse que não exibiríamos um episódio por semana e a temporada seria lançada toda de uma vez, Steven retrucou imediatamente: ‘Você sofre e se esforça tanto para alguém assistir um ano de trabalho em uma noite? Isso é meio esquisito’. Eu respondi: ‘Não é esquisito. É como gravar um álbum’. Ele riu e acabou concordando”, rememorou Sarandos.

Embora tenha todo esse simbolismo, o corte de Lilyhammer é puramente uma questão de negócios. Serve como um pequeno corte de gastos, se livrando de uma série que não faz parte daquelas que atraem novos assinantes.

Agora, a dúvida paira sobre outras duas atrações icônicas, longevas e premiadas, ambas sucesso de público, que não são 100% da Netflix. Trata-se de Orange Is the New Black (Lionsgate) e House of Cards (Sony). Perdê-las seria um desastre. Vale lembrar que essas duas séries já foram exibidas em outros lugares que não a Netflix, como em canais da TV paga brasileira e emissora de sinal aberto (Orange na Band).

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