Todo mundo respira fundo… Hollywood está, definitivamente, de volta à ativa após o fim da greve dos atores, encerrada na madrugada desta quinta-feira (9). Agora é a hora de planejar o que fazer com a temporada 2023-2024, prestes a entrar na segunda metade. A urgência é maior para as emissoras americanas de sinal aberto, pois precisam entregar alguma coisa de suas atrações principais, seja por causa do mercado publicitário interno ou dos contratos de distribuição internacional. Na TV paga e nos streamings, a correria é mais controlada.
Veja o nível de preocupação. Minutos depois da declaração oficial do fim da greve, dada pelo sindicato da categoria (SAG), atores e equipes de gravação foram acionados recebendo mensagens com potenciais datas de volta ao trabalho. Algumas séries querem rodar as câmeras já no final deste mês, tudo para colocar no ar episódios inéditos a partir de janeiro, na chamada midseason.
Isso porque os roteiros dos episódios estão encaminhados, devido ao término da greve dos roteiristas ter sido semanas antes, em 27 de setembro.
Séries veteranas, como Grey’s Anatomy (rede ABC) e franquia Chicago (NBC), precisam de três a seis semanas para armar toda a pré-produção. Daí vem a previsão de inícios das gravações no final de novembro, começo de dezembro (no máximo). O agravante na hora de fazer o cronograma são os feriados de final de ano: Ação de Graças, Natal e Ano-Novo.
As produções iniciadas em novembro podem acabar conseguindo entregar 13 episódios na atual temporada, que chega ao fim em maio de 2024. Franquias Chicago (Fire, P.D. e Med), Law & Order e FBI devem seguir esse caminho.
Caso só dê para começar as gravações em janeiro, tal série não vai entregar mais do que dez episódios. De qualquer modo, por causa dos direitos de distribuição internacional, uma quantidade mínima de capítulos por temporada precisa ser feita para cumprir exigências contratuais.
Além das atrações citadas, estas são as que devem dar o start nas gravações o quanto antes: Criminal Minds: Evolution, 911, Tribunal Noturno, NCIS e Fantasmas.
Para os streamings, a correria é controlada porque além de ter séries no estoque, as que estão sendo lançadas chegam com episódios semanais ao invés de tudo numa vez só, isso para estender a programação. Vide o caso da segunda temporada de Reacher, no Prime Video.
Muitas produções se encaixam no exemplo de Stranger Things, da Netflix. A última temporada do drama sobrenatural estava prontinha para rodar as câmeras quando explodiu a dupla greve em Hollywood. Basta agora reorganizar a logística e mandar ver.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
