FINALMENTE!

Greve dos atores de Hollywood acaba após 118 dias; regular IA foi a chave

Faltam pendências burocráticas, mas classe já pode voltar ao trabalho imediatamente
DIVULGAÇÃO/SAG
Atores durante piquete do SAG em Nova York
Atores durante piquete do SAG em Nova York

A maior greve dos atores da história de Hollywood acabou após 118 dias. Nesta quarta-feira (8), o sindicato da categoria (SAG) finalmente entrou em acordo com a AMPTP, entidade patronal que representa os nove maiores estúdios hollywoodianos. A chave para firmar o novo vínculo trabalhista, que vale para os próximos três anos, foi regular o uso da inteligência artificial (IA) na indústria do entretenimento, além de melhorar o repasse do lucro dos streamings aos atores.

Todo comitê do sindicato aprovou o acordo de forma unânime. Assim, de forma oficial, a greve termina à 0h01 de quinta (9). O próximo passo é apresentar o acordo para o diretório nacional do SAG, que vai votar a matéria na sexta (10).

Então, se houver a aprovação do diretório, o que é bem provável, o contrato entra em vigor imediatamente. Os 160 mil atores filiados ao sindicato, contudo, já podem voltar aos trabalhos na quinta. Caso o vínculo não seja reprovado, SAG e AMPTP retornam à mesa de negociação (situação muito remota de acontecer).

Todos os detalhes do acordo vão ser divulgados depois da aprovação da diretoria nacional do SAG. O que se sabe é que as duas questões cruciais foram acordadas: regular aplicação da IA e aumento do percentual de residuais dos streamings.

Sobre a IA, o que pegou o SAG foi a sugestão da AMPTP de uso, sem consentimento prévio, da fisionomia de atores mesmo após a morte, sem consultar parentes ou entidades que cuidem do legado do artista, por exemplo. Nesse caso o ator, em vida, teria embolsado um dinheiro pela concessão do uso de sua imagem digitalizada. 

De certa forma, a greve passou do limite para salvar o mínimo possível da temporada 2023-2024. Produtores projetavam 1º de outubro como o Dia D. Emissoras ou canais que quiserem lançar episódios inéditos na atual temporada vão precisar apertar o botão da correria.

Colocar em campo uma temporada curta, de janeiro a maio, é uma opção. Nesse caso, séries como Grey’s Anatomy (ABC), franquia Chicago (NBC) e FBI (CBS) teriam levas curtíssimas de capítulos, por volta de dez. Lembrando que os roteiros estão encaminhados, porque a greve da categoria terminou em 27 de setembro.

Geralmente, uma sala de roteiro monta os episódios de uma temporada em cinco semanas. Na situação urgente do momento, essa duração pode ser menor.


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