PERIGO

Greve sem fim em Hollywood ameaça temporada 23-24, diz chefe da Fox

A paralisação dos roteiristas já completou quatro meses (e contando)
DIVULGAÇÃO/FOX
Rob Lowe em cena da série 911: Lone Star, carro-chefe da Fox
Rob Lowe em cena da série 911: Lone Star, carro-chefe da Fox

A greve dupla em Hollywood, dos roteiristas e atores, ameaça o lançamento de séries novatas e veteranas na temporada 2023-2024 da TV aberta americana. O diagnóstico é de Michael Thorn, presidente de entretenimento da rede Fox. Ele até estipulou uma data limite para as partes envolvidas encerrarem as paralisações, salvando assim a atual janela de estreias.

Você pode usar 1º de outubro como uma data [limite]”, disse o executivo, em entrevista ao site Deadline. “Estamos chegando no ponto em que vai ser muito difícil lançar [uma série] na temporada tradicional da TV.”

Se o fim da greve dupla vier depois de outubro, séries veteranas como 911: Lone Star (Star+) e A Faxineira (HBO Max), pegando exemplos da própria Fox, “vai começar a produção em dois meses”, pontuou Thron, isso após os roteiros e detalhes da produção ficarem prontos.

Daí, entra em campo a arte de montar uma grade de programação. Paras as TVs abertas, talvez não seja a melhor alternativa lançar uma temporada curta, de janeiro a maio, hipoteticamente, de uma Grey’s Anatomy (ABC), franquia Chicago (NBC) e FBI (CBS), por aí vai. Executar algo nessa linha só em uma situação de emergência absoluta. Dessa maneira, os novos episódios iriam chegar ao público somente em setembro do ano que vem.

Nesse cenário, as emissoras vão ter de analisar quais séries, das que atualmente estão suspensas, podem funcionar na chamada midseason (janeiro a maio) ou summer season (junho a agosto).

Esse prognóstico de Michael Thorn bate com a visão de Warren Leight, veterano roteirista e showrunner, com passagem marcante pela franquia Law & Order. Há um mês, ele comentou sobre o futuro de Hollywood pós-greves, mas prevendo um fim ideal bem antes.

“Se a greve, de alguma maneira, terminar perto do começo de setembro, com as gravações começando em meados de outubro, as emissoras [americanas] podem salvar a lavoura produzindo temporadas de 13 episódios [de suas séries]”, escreveu, em postagem na rede social X (antigo Twitter).

Geralmente, uma sala de roteiro monta os episódios de uma temporada em cinco semanas. Na situação urgente do momento, essa duração pode ser menor.

Prever um final da greve dupla é praticamente impossível porque as partes não estão sequer negociando. De um lado dão às cartas os respectivos sindicatos, o SAG (atores) e o WGA (roteiristas). Na outra ponta surge a entidade patronal AMPTP, representante dos nove maiores estúdios hollywoodianos.

A greve dos roteiristas já passou dos quatro meses (começou em 2 de maio). Já a dos atores completa agora dois meses (começou em 14 de julho).


Acompanhe o Diário de Séries no Google Notícias

Siga nas redes

Fale conosco

Compartilhe sugestões de pauta, faça críticas e elogios, aponte erros… Enfim, sinta-se à vontade e fale diretamente com a redação do Diário de Séries. Mande um e-mail para:
contato@diariodeseries.com.br
magnifiercross