Escuro, o sétimo episódio de A Casa do Dragão gerou comparações com o terceiro capítulo da oitava temporada de Game of Thrones, cujo ápice foi uma batalha épica ocorrida no mais intenso breu imaginável. Há muita diferença entre um caso e outro. O principal é que na trama filhote deu pra ver e entender o que estava acontecendo. Em GoT, ninguém viu absolutamente nada durante muitos minutos. Pode ter sido uma lição aprendida por Miguel Sapochnik, que dirigiu ambos os episódios.
Batizado de Driftmark, o capítulo desta semana de A Casa do Dragão teve boa parte das cenas no escuro, sim. Isso pelo fato de o céu nas cenas externas ter ficado bem nublado, com o sol escondido. A série deixou claro que isso estava rolando antes de entrar na ação sucedida no ambiente turvo.
A produção e pós-produção fez um bom trabalho ao deixar uma luz bem fraca ao fundo, como se fosse o reflexo do dia em um eclipse. Assim, dava para ao menos ver o rosto dos personagens. Quando não, aparecia a silhueta, cujo traços do rosto e corpo permitiam a identificação tranquila de quem estava presente na cena.
O único momento que parecia tenso, que logo se resolveu, foi quando um personagem caminhava por morros e matos. Só deu para saber quem era fulano quando foi mostrada a cabeleireira branca/prata e um detalhe da face: era o Aemond (Leo Ashton).
A parte escura desse episódio de A Casa do Dragão foi tranquila de acompanhar. Como disse a HBO em respostas às reclamações de fãs, aquilo se coloca na conta da “licença criativa” do diretor, que optou por esse tipo de filtro para transmitir ao telespectador o clima daquele momento. E uma coisa aqui e ali foi executada com o objetivo de esclarecer o público dos fatos.
A batalha que ninguém viu
Não há equivalência com o caso de Game of Thrones. Primeiro: antes se criou um grande clima, a expectativa da maior e melhor batalha já produzida para a TV. Na hora do “vamos ver”, não deu para ver nada. Além de escuro, o episódio foi ao ar (na exibição inédita) em baixa definição.
Sem exagero no discurso: não era possível enxergar coisa alguma. Zero. Durante muitos minutos a tela ficou preta, como se fosse um erro técnico da HBO; muitos acharam que seria. Não havia qualquer chance de definir quem estava brigando com quem, em muitas cenas.
Esse episódio, inscrito no Emmy, foi motivo de piada e de memes hilários. Nos dias seguintes à debacle, os departamentos da HBO de atendimento ao cliente e assessoria de imprensa trabalharam dobrado para explicar o mico. O truque da carta da “licença criativa” não colou. Foi uma experiência frustrante para o público e, como provado agora, será sempre lembrada.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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