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Vinagre de Maçã é uma história real? Saiba tudo sobre a nova série Netflix

Drama australiano tem o protagonismo de Kaitlyn Dever (The Last of Us)
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Kaitlyn Dever na minissérie Vinagre de Maçã
Kaitlyn Dever na minissérie Vinagre de Maçã

O drama australiano Vinagre de Maçã promete render bastante na Netflix. A minissérie, que estreia na quinta-feira (6), acompanha duas mulheres que promovem a fórmula do bem-estar para curar doenças letais. Ao longo do caminho, elas enganam, intencionalmente ou não, o mundo todo e viram suas vidas de cabeça para baixo.

Afinal, Vinagre de Maçã é uma história real? A resposta seca e direta é: mais ou menos…

A narrativa está alicerçada em fatos, mas só servem como uma espécie de empurrão. Isso porque grande parte da trama é ficcional, com personagens e eventos criados para a TV.

Vinagre de Maçã é uma minissérie ambientada na época do lançamento e estouro do Instagram. As protagonistas decidem curar suas respectivas doenças graves por meio de terapias alternativas, enquanto documentam suas jornadas e influenciam gente do mundo inteiro. Seriam relatos inspiradores, se fossem verdades.

A Netflix vende a minissérie como “uma história quase real baseada em uma mentira”, tratando sobre a ascensão e queda de um império da indústria do bem-estar, a cultura que permitiu o surgimento dele e as pessoas que o destruíram.

O alicerce do enredo é o livro australiano The Woman who Fooled the World (A Mulher que Enganou o Mundo), inédito no Brasil, publicado em 2017. Nele, os jornalistas Beau Donelly e Nick Toscano relatam fatos acerca de Belle Gibson, jovem que convenceu as pessoas de que havia se curado de um câncer cerebral terminal ao adotar uma dieta saudável em sua alimentação. Ela construiu um negócio global com base em sua história. Havia apenas um problema: ela nunca teve câncer em primeiro lugar.

Os repórteres autores do livro descobriram a verdade por trás das mentiras de Belle. Heroína do universo do bem-estar, com mais de 200 mil seguidores, fechando acordos internacionais de livros e bombando um app popular, ela era uma fraude.

Belle mentiu sobre ter câncer, para sua família e amigos, para seus parceiros de negócios e editores, e para centenas de milhares de pessoas, incluindo sobreviventes genuínos de câncer, inspirados por suas publicações no Instagram.

Vinagre de Maçã: elenco e personagens

  • Quem interpreta Belle Gibson na minissérie é Kaitlyn Dever, atriz premiada com atuações marcantes nas séries Inacreditável (Netflix, 2019) e Dopesick (Disney+, 2021); ela faz parte do elenco de The Last of Us (HBO), entrando na segunda temporada. Na trama, Belle se comporta como influencer do bem-estar, dona de um império baseado em uma mentira: ela afirma ter sido curada de um câncer terminal apenas com autocuidado. Ela ganha fama e tira proveito disso, promovendo um app de celular e vendendo receitas.
  • Alycia Debnam-Carey (Fear the Walking Dead) vive Milla Blake, jovem que constrói uma plataforma promovendo o poder da comida para combater o câncer.
  • Aisha Dee (The Bold Type) interpreta a amiga próxima de Milla, Chanelle, que conhece Belle em um evento e começa a trabalhar com ela em seu negócio.
  • Tilda Cobham-Hervey (As Flores Perdidas de Alice Hart) é Lucy, mulher que luta contra o câncer e é atraída pelas postagens de Milla e Belle.
  • Mark Coles Smith (Mystery Road: Origin) faz o marido de Lucy, que teme e desaprova a influência de Belle e Milla na vida e saúde da companheira.

Vinagre de Maçã foi criada por Samantha Strauss, roteirista com passagem por Nove Desconhecidos, série do Prime Video com Nicole Kidman sobre um resort que promete curar todos os seus problemas só na base da filosofia de bem-estar.

A minissérie tem seis episódios e foi toda gravada em locações na cidade de Melbourne, Austrália. 

Samantha explora esse período da explosão das redes sociais, no começo da década de 2010, para documentar como as pessoas reagiam ao que ali estava sendo publicado. A atração oferece um questionamento social, tratando do fascínio e da ascensão da cultura do bem-estar, o auge das startups lideradas por jovens mulheres (as girlboss) e a era da inocência online, quando havia muito pouco controle e equilíbrio em vigor; quase ninguém checava a veracidade dos posts.

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