Enquanto artimanhas venenosas são jogadas, e bolsas de R$ 15 mil ridicularizadas, Succession tem uma coisa importante para solucionar: cadê a sucessão? (afinal, está aí no título da série). A última temporada do premiado drama da HBO, com novos episódios sempre aos domingos (às 22h), tem a missão de resolver o dilema apresentado lá no primeiro episódio. Se bem que não dá para descartar uma possível não sucessão…
Recapitulando: no começo de Succession, o magnata Logan Roy (Brian Cox) anunciou a aposentadoria. Aos 80 anos de idade, ele planejava largar a presidência do império de mídia Waystar Royco.
É, planejava… A aposentadoria nunca se concretizou. Contudo, os filhos dele e seus funcionários mais gabaritados não se esqueceram da vaga que, uma hora ou outra, vai se abrir.
Desde então, o público conheceu a fundo essa família desvirtuosa (e também muito ouriçada), assim como entrou nos bastidores do conglomerado poderoso. Foi uma espécie de convite a analisar de perto quem merece, ou tem as melhores condições, de herdar o trono de Logan.
Faça sua aposta (filhos de Logan)
Para ser justo, não vale nem colocar o Connor (Alan Ruck) no páreo. Metido a político, o filho mais velho do magnata, sequer consegue 1% das intenções de voto na corrida presidencial dos Estados Unidos, apesar de todo o poder de sua família. Irrelevante, é carta fora do baralho.
Kendall (Jeremy Strong), caso fosse um rapaz centrado e tudo mais de entediante, seria o favoritaço à coroa. Porém, perde pontos por ser inconsequente. Nem os dois irmãos que estão ao seu lado armando poucas e boas contra o próprio pai lhe dão muito crédito.
Do trio dos crias conspiradores, ele é quem mais anseia em ganhar o respeito do pai, busca que pode resultar na porta aberta da sucessão, caso obtenha isso. Quem gosta de azarão tem de fugir dessa aposta.
Siobhan (Sarah Snook), Shiv para os íntimos, é uma incógnita. Ela parece estar mais interessada em ferrar com a vida do pai, por lazer, do que necessariamente herdar a Waystar. Até porque, ao mesmo tempo em que maquina planos maquiavélicos ao lado dos irmãos, negocia paralelamente opções de emprego em outras frentes, dando a entender que o conglomerado não é a sua prioridade.
Pelo talento e competência, Shiv tem chances. Mas a vontade real dela pode pesar contra a sucessão. Ela tem esse pé atrás por causa do próprio pai, que destacou o fato de a filha não ter experiência na área de mídia, entretenimento e notícias. Shiv construiu carreira nos bastidores da política, mas abandonou tudo com o intuito de ganhar o mínimo de reconhecimento do pai.
Aqui vai a zebra. O inseguro e mimado Roman (Kieran Culkin), por incrível que pareça, apresenta-se como uma boa aposta para suceder o papai. Apesar de acumular uma montanha de atitudes erradas, ele tem amadurecido (relativamente) ao longo dos anos e seria uma cara nova e ousada para a Waystar, rejuvenescendo a marca, sendo o oposto de Logan. Vale também a facilidade que tem em trafegar no círculo de pessoas próximas ao magnata, demonstrando flexibilidade.
Os outsiders
Sim, há a possibilidade de a pessoa sucessora ser alguém de fora da família. Por ser o Ray Donovan de Logan, o fazedor do trabalho sujo, Tom (Matthew Macfadyen) desfruta de certo favorecimento. Ele trabalha na Waystar e nunca escondeu que topa tudo por Logan, incluindo assumir culpa de qualquer má conduta para livrar o chefe da prisão.
Não se pode esquecer de Gerri (J. Smith-Cameron), com experiência dentro da firma e uma das executivas mais importantes da alta cúpula, que realmente precisa trabalhar para o barco não ficar parado. Ela é de confiança de Logan e, indiscutivelmente, tem talento e sabedoria para os negócios.
E se não tiver sucessão?
É preciso pontuar que, nas reviravoltas que vão vir por aí nessa última temporada de Succession, a tal sucessão pode nem ocorrer. E se a Waystar não existir mais, com a concretização de uma aquisição de terceiros?
Caso a Waystar continue a existir, Logan pode morrer ou simplesmente sumir de cena sem justificativa, não deixando certo quem deve substituí-lo.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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