O Star+ lança, na quarta-feira (23), a quinta temporada de The Handmaid’s Tale. A série vencedora do Emmy de melhor drama chega em ótima fase na penúltima leva de episódios, tão boa como os grandes momentos lá do início. Os dez capítulos estão recheados de muita ação, emoção e reviravoltas surpreendentes, com as atrizes Elisabeth Moss e Yvonne Strahovski dando show, protagonizando cenas realmente históricas e tocantes.
No Brasil, a quinta temporada do drama distópico já foi exibida, em primeira mão, pelo Paramount+, quase simultaneamente com os Estados Unidos, entre setembro e novembro do ano passado. Porém, agora a leva vai ter um alcance maior ao entrar no streaming da Disney, cuja base de assinantes supera a plataforma da montanha.
The Handmaid’s Tale fez uma temporada vigorosa e de alto nível. O andamento do enredo foi totalmente impactado pela morte do Comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes), uma das pessoas mais influentes na implementação do regime teocrático de Gilead, que tomou conta de boa parte dos EUA. June Osborne (Elisabeth), a assassina, e Serena Joy Waterford (Yvonne), a mulher do oficial, lidam com as consequências.
Gilead não engole o fato de ver June livre, no Canadá. Os homens poderosos do governo fundamentalista armam ciladas para capturá-la. Serena também faz seus esforços, com sede de vingança, mas ela vê toda ação ser vã por ter perdido qualquer capital político de influência após a morte do marido. Mesmo grávida, ela sofre um terror psicológico nas mãos de Gilead.
A série acertou nessa dinâmica. Duas pessoas então inimigas, Serena e June, passam a ter um rival em comum, Gilead. Os momentos mais tensos e empolgantes da temporada foram quando as duas estiveram frente a frente. A complexidade da relação entre as personagens foi transmitida ao telespectador com precisão.
De certa maneira, The Handmaid’s Tale faz uma curva em U nessa sua trajetória. O começo foi forte, mas a aceleração diminuiu um pouco no meio do caminho. Daí, na reta final, colocou o pé na tábua.
Acrescenta-se a isso uma repaginada Tia Lydia (Ann Dowd), que por incrível que pareça demonstrou empatia e compaixão. E o interessante plano do Comandante Lawrence (Bradley Whitford) de repaginar Gilead, para o bem ou para o mal, propondo uma versão light do regime teocrático, experimento reboot batizado de Nova Belém.
Saiba mais sobre The Handmaid’s Tale nestes textos do Diário de Séries:
– The Handmaid’s Tale para de mostrar estupros; cenas são trocadas por relatos
– The Handmaid’s Tale: entenda o plano da Nova Belém, reboot de Gilead
– Saiba como a Bíblia serve de inspiração para The Handmaid’s Tale
Vai ter 6ª temporada de The Handmaid’s Tale?
The Handmaid’s Tale foi renovada para a sexta e última temporada. O final será dentro do planejado na mente de Bruce Miller, o criador da atração baseada no livro homônimo de Margaret Atwood, publicado pela primeira vez em 1985.
Outra série ambientada no mesmo mundo de The Handmaid’s Tale vem por aí. Está em desenvolvimento The Testaments, que também adapta obra de Margaret, chamada no Brasil de Os Testamentos (2019).
A trama de Os Testamentos se passa 15 anos após The Handmaid’s Tale. O governo de Gilead está (aparentemente) firme, mas demonstra sinais de fragilidade. Nesse momento crucial da história política do país, as vidas de três mulheres radicalmente diferentes convergem, e as consequências desse encontro são explosivas.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br