ANÁLISE

Séries medíocres da Netflix como O Diabo em Ohio são suficientes para você?

Gigante do streaming tem entregue produções (apenas) decentes recentemente
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Madeleine Arthur na minissérie O Diabo em Ohio
Madeleine Arthur na minissérie O Diabo em Ohio

Mais novo lançamento da Netflix, O Diabo em Ohio engrossa a lista de séries medíocres, apenas decentes, que estrearam recentemente na plataforma. Nesse grupo estão atrações como Echoes, Resident Evil, Cowboy Bebop, Primeira Morte, entre outras. Algumas são (somente) boas, dá para ver até o final. Outras são tão ruins que foram canceladas abruptamente. O que a empresa pretende conquistar com esses tipos de séries capengas?

Fica uma pergunta a ser respondida: séries medianas são suficientes para você? O Diabo em Ohio se encaixa perfeitamente nessa forma. Ao longo de oito episódios, a narrativa apresenta um suspense raso sobre uma garota que fugiu de uma seita demoníaca. Há sim um fio condutor capaz de prender o público. Entretanto, isso se dá mais pela curiosidade do que pela qualidade da série.

O mesmo ocorre com Echoes. Aqui, o atrativo é um mistério meia-boca acerca de irmãs gêmeas idênticas que a cada aniversário trocam de identidade. De fato, um interesse é gerado para chegar no fim da história. Contudo no meio de tantas reviravoltas, uma mais estapafúrdia do que a outra, percebe-se com nitidez a qualidade baixa do produto.

Claro que a Netflix não irá lançar uma The Crown por semana. Mas é preciso ter uma cobrança incisiva por parte dos assinantes para que sejam entregues atrações de um nível aceitável. A plataforma precisa de mais tramas tipo Virgin River (bobinhas, porém bem executadas) do que Resident Evil (apostas arriscadas e malfeitas).

Não à toa, Resident Evil foi cancelada semanas após a estreia no catálogo, similar ao que ocorreu com Cowboy Bebop (outro flop colossal). E Virgin River está firme e forte caminhando para a quinta temporada. 

Os executivos da Netflix sabem dessas coisas e, por isso, encomendaram uma série para pegar a onda de Virgin River, misturando aquele clima bucólico de novelão com faroeste tipo Yellowstone.

Setembro magro na Netflix

Neste mês de setembro, à parte alguma surpresa, não vem por aí nenhum arrasa-quarteirão. Na sexta-feira (9), chegam episódios inéditos de Cobra Kai (essa sim muito boa)… e só. Santo, produção espanhola com Bruno Gagliasso, é aposta, é preciso esperar para ver.

Tende a ser um setembro bem diferente de 2021, quando a Netflix lançou semana após semana capítulos finais de La Casa de Papel, última temporada de Lúcifer e nova leva de Sex Education. Isso sem contar Round 6, que virou um fenômeno do nada.

A esperança para os assinantes da plataforma é que essa fórmula de séries medíocres termine o quanto antes. Tem de haver cobrança visando escapar de um ciclo que pode deixar todos (Netflix e público) acomodados, satisfeitos com um volume grande de atrações apenas boas.

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