GRANDE IDEIA

Série esquecida da DC, Powerless precisa ser resgatada; saiba por quê

Exibida em 2017, comédia cancelada da DC merece segunda chance
DIVULGAÇÃO/NBC
Vanessa Hudgens na comédia Powerless
Vanessa Hudgens na comédia Powerless

Pare para pensar no seguinte: após heróis e vilões quebrarem o pau durante duelo em uma cidade qualquer, de Gotham a Metrópolis, destruindo tudo ao redor, quem paga a conta? Central City, lar do Flash, foi o alvo da vez, completamente arrasada no final da série do Velocista Escarlate. Há seis anos, a DC fez uma comédia bem original sobre esses efeitos colaterais, batizada de Powerless. Pena que não deu certo, mas pode funcionar agora.

Sob a batuta de James Gunn e companhia, o turbinado estúdio da DC tem na gaveta uma boa ideia para colocar em prática, série totalmente diferente do que se tem por aí. É no mínimo curioso a abordagem de narrar histórias sobre ruas, casas e propriedades públicas destruídas após brigas de heróis e vilões. E apresentando produtos de segurança voltados à população.

O que foi Powerless

Em 2017, a rede NBC fez parceria com a DC para lançar Powerless (no Brasil, foi ao ar na Warner Channel). Toda a narrativa é original, feita para a TV. Ou seja, sem qualquer referência direta de um HQ homônimo, por exemplo.

A estrela principal da comédia era Vanessa Hudgens (High School Musical), na pele de Emily Locke, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Wayne Security, subsidiária da corporação Wayne Enterprises. Primo de Bruce Wayne (o Batman), Vanderveer Wayne (Alan Tudyk) trabalhava como o chefe da divisão.

A especialidade dessa companhia era fazer produtos que protegessem o cidadão comum caso do nada heróis e vilões começassem a duelar em sua cidade. Um dos produtos criados foi um guarda-chuva potente o suficiente para ser usado contra detritos que caem do alto, como tijolos e pedaços de janelas de um prédio.

Powerless surgiu totalmente desconectada de ambos os universos que a DC tinha naquele momento. A narrativa não tinha qualquer ligação com as atrações do Arrowverse (TV) nem com as produções da Warner Bros. para o cinema. Isso resultou em pontos positivos e negativos.

Cena da comédia Powerless
Cena da comédia Powerless

O que deu errado em Powerless

Não ter relação com nenhum dos universos da DC permitiu que Powerless fosse livre para fazer qualquer tipo de referência, sem aquela amarra de citar especificamente filmes ou séries, mexendo dessa forma na narrativa canônica. Assim, de Batman a Superman, todo tipo de herói da DC foi usado na série; sem aparições, apenas menções.

Porém, a comédia ficou sem identidade. Caso tivesse conexões, com o Arrowverse ou os filmes, iria atrair mais público e interesse daqueles que já acompanhavam outras produções da DC. E ficaria uma trama mais envolvente e relevante do que foi.

A NBC, por causa da baixa audiência para a época, cancelou a série após três episódios. Foram exibidos oito, de um total de 12. A rede do pavão simplesmente tirou a comédia do ar. Era exibida após Superstore e antes de Lista Negra, deixando o ibope da emissora uma montanha russa: alto com Superstore, baixo com Powerless; isso prejudicava o desempenho de Lista Negra, no final das contas.

Embora a ideia de Powerless seja bem original, a execução foi péssima realmente. Até por isso vale a pena apostar em um resgate. Mas tem de fazer parte do chamado DCEU (Universo Estendido da DC). Seria incrível esse ressurgimento nas mãos de James Gunn, que tem competência para fazer algo grandioso com uma premissa tão única.


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