Um dos criadores do Arrowverse, Marc Guggenheim lamentou o fato de não ter sido chamado para participar da construção do novo universo da DC, tanto no cinema quanto na TV, obra que está sendo tocado pela dupla Peter Safran e James Gunn. Segundo ele, ao menos uma consulta deveria ter sido feita com quem, na última década, ajudou a desenvolver e executar séries sobre personagens e histórias importantes da editora de quadrinhos.
Em newsletter pessoal, Marc Guggenheim publicou um desabafo franco, repercutindo a notícia de que Safran e Gunn estavam montando um grupo de roteiristas para traçar as diretrizes da nova DC, estratégia estabelecida em janeiro deste ano. Guggenheim foi simplesmente ignorado.
“Vou ser sincero: gostaria de ter sido chamado ao menos para uma reunião”, disse. “Não para ganhar um emprego, só para deixar claro. Estou falando de um encontro, uma conversa. Um pequeno reconhecimento sobre o que tentei contribuir para o grande universo DC. Afinal, passei nove anos trabalhando nisso.”
Em 2012, chegou à TV Arrow, criação de Guggenheim com Greg Berlanti e Andrew Kreisberg. A atração foi o fundamento de outras tantas séries com heróis da DC, como Flash e Supergirl, que geraram crossovers épicos, incluindo o monumental Crise nas Infinitas Terras (2019-2020), capítulo-chave no universo dos quadrinhos da DC.
Marc Guggenheim chefiou o projeto Crise nas Infinitas Terras, que reuniu cinco séries (Supergirl, Batwoman, Flash, Arrow e Legends of Tomorrow) em um especial com cinco episódios. Ele revelou que precisou gastar dinheiro do próprio bolso para ajudar a realizar esse crossover: US$ 10 mil.
O produtor lamentou que mesmo após tanta dedicação, ninguém o procurou para nada. Como se tivesse plantado algo, mas não colhido.
“Embora trabalhar para a DC tenha sido criativamente gratificante”, ponderou. “O trabalho envolveu muitas adversidades, desafios e sacrifícios pessoais. E nada disso resultou em qualquer benefício profissional. Simplificando: o Arrowverse não me levou a nenhum outro projeto. Então parece que, pelo menos na questão de carreira profissional, eu realmente perdi meu tempo”.
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