BIOGRAFIA

Quem é Christina Applegate? Saiba tudo sobre a vida da atriz

Sua carreira é marcada por sucessos, com direito a sete indicações ao Emmy
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Christina Applegate na série Disque Amiga Para Matar
Christina Applegate na série Disque Amiga Para Matar

Uma das estrelas teens mais famosas de Hollywood na virada dos anos 1980 e 1990, Christina Applegate abandonou a carreira de atriz após receber, em 2021, um diagnóstico duro: ela tem esclerose múltipla, doença rara e sem cura que compromete a função do sistema nervoso. Seu último trabalho de destaque, que lhe rendeu três indicações ao Emmy de melhor atriz de comédia, foi na série Disque Amiga Para Matar, disponível na Netflix.

Infância e início de carreira

Christina Applegate nasceu em 25 de novembro de 1971, em Hollywood. Filha de Nancy Priddy, cantora e atriz, e Robert Applegate, executivo musical e produtor de discos, Christina é uma nepo baby que desde cedo teve contato com o mundo do entretenimento. Seus pais se separaram pouco tempo depois de seu nascimento, mas isso não impediu que Christina tivesse uma infância relativamente normal para os padrões hollywodianos.

Christina começou a carreira de atriz muito jovem. Seu primeiro trabalho na televisão foi aos três meses, em um comercial de fraldas. Aos cinco anos, ela fez sua estreia oficial na TV em um episódio da tradicional novela Days of Our Lives, em 1976. Cinco anos depois, participou do filme Jaws of Satan, marcando sua estreia no cinema.

Christina Applegate na pele de Kelly Bundy
Christina Applegate na pele de Kelly Bundy

Sucesso em Um Amor de Família

A grande virada na carreira de Christina Applegate veio em 1987, quando ela foi escalada para o papel de Kelly Bundy na sitcom Um Amor de Família (Married… with Children). A série foi um sucesso de audiência em todo o mundo e permaneceu no ar até 1997; onze temporadas.

O papel de Kelly, a filha loira e superficial da família Bundy, tornou a atriz uma estrela teen, o que resulto em reconhecimento nacional e internacional. Sua atuação lhe garantiu diversas indicações a prêmios e estabeleceu a base de sua carreira no mundo do entretenimento.

Reinvenção

Após Um Amor de Família, Christina Applegate procurou diversificar seus papéis para evitar ser estereotipada. Ela atuou em várias comédias e dramas no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. Em 1998, estrelou a série de comédia Jesse, onde interpretou uma mãe solteira tentando reconstruir sua vida. Ela foi indicada ao Globo de Ouro por esse papel.

Como integrante do elenco de apoio de Friends, na pele de Amy Green, irmã de Rachel (Jennifer Aniston), Christina ganhou seu único Emmy, na edição de 2003.

Cinema e teatro

Christina Applegate também teve uma carreira de sucesso no cinema. Em 2001, ela estrelou a comédia Os Viajantes do Tempo, seguida por Tudo Pra Ficar com Ele, em 2002, onde atuou ao lado de Cameron Diaz e Selma Blair.

Dois anos depois, participou do aclamado longa cômico O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy, onde interpretou Veronica Corningstone. O filme foi um hit e consolidou sua posição como uma talentosa atriz de comédia.

No teatro, também deixou sua marca. Em 2005, ela estrelou o musical da Broadway Sweet Charity. Apesar de ter sofrido uma lesão no pé durante os ensaios, perseverou e recebeu uma indicação ao Tony Award, o Oscar do teatro americano, por sua performance.

Luta contra o câncer e ativismo

Em 2008, Christina Applegate foi diagnosticada com câncer de mama. Optando por uma mastectomia dupla para combater a doença, ela foi franca sobre sua luta e usou sua experiência para aumentar a conscientização sobre o câncer. Fundou a organização Right Action for Women, dedicada a ajudar mulheres a terem acesso a exames de ressonância magnética e outros testes de diagnóstico de câncer.

Christina Applegate no pôster de Samantha Who?
Christina Applegate no pôster de Samantha Who?

Volta à TV

Depois de vencer a luta contra o câncer, voltou à televisão com a série Samantha Who? (2007-2009), na qual interpretou uma mulher com amnésia. O papel a colocou no Emmy e no Globo de Ouro, com múltiplas indicações. Em 2011, estrelou a comédia Up All Night ao lado de Will Arnett e Maya Rudolph, que foi bem recebida pela crítica, mas acabou sendo cancelada após duas temporadas.

Vida pessoal

Christina Applegate teve vários relacionamentos públicos. Foi casada com o ator Johnathon Schaech de 2001 a 2007. Em 2013, casou-se com Martyn LeNoble, baixista da banda Porno for Pyros. O casal tem uma filha, Sadie Grace LeNoble, nascida em 2011. A atriz sempre manteve uma postura discreta sobre sua vida pessoal, preferindo focar nas questões profissionais e em seu ativismo.

Reconhecimento na Netflix

Em 2019, a veterana retornou aos holofotes como protagonista da comédia Disque Amiga Para Matar. Foram vários elogios pela atuação na pele de Jen Harding, uma viúva que forma uma amizade complicada com Judy Hale, interpretada por Linda Cardellini.

E bem no meio das gravações da terceira temporada da série, Christina descobriu ter esclerose múltipla (EM). Apesar dessa bomba, ela se comprometeu em entregar o trabalho prometido e completou a trama.

Houve todo um cuidado extra. Ela demonstrava bastante fraqueza, sem conseguir andar direito ou até mesmo ficar em pé. Sofria com vertigens e dificuldades na visão. A atriz descobriu, com os produtores, as limitações do próprio corpo, do que podia ou não fazer. E tudo foi se adaptando.

Uma cadeira de rodas ajudava na locomoção. Christina tinha tanta dificuldade de ficar em pé durante um longo período que um assistente da produção segurava as pernas dela, enquanto as cenas eram gravadas. 

Momentos com sua personagem andando foram reduzidos ao máximo. Sempre que possível, Christina aparecia em cena perto de alguém ou algo (como uma porta) para se apoiar.

Luta aberta contra a EM

Christina tem um podcast (MeSsy) com Jamie-Lynn Sigler, ex-The Sopranos e que também tem EM. As duas abrem o jogo sobre como é viver com a doença. Em edição recente, Christina confessou que passa por uma depressão profunda, o que a fez perder o prazer pela vida.

Ela tocou nesse assunto após descrever como é difícil fazer atividades que no passado lhe eram triviais, como sair de casa para passear. “Esta sou eu sendo verdadeiramente honesta: não gosto mais de viver”, confessou. “Não gosto disso, não tenho mais prazer em fazer coisas.”

Esses sintomas não são ignorados pela atriz veterana de 52 anos. “É uma real e poderosa depressão do cara***”, disparou. “E isso até me assusta um pouco, porque realmente parece algo fatalista. Estou presa nessa escuridão”.

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