Com protagonismo de Elisabeth Moss (The Handmaid’s Tale) e assinatura de Steven Knight, criador da popular série britânica Peaky Blinders, O Véu chegou no Star+ apresentando uma narrativa para lá de intrigante que tem no pano de fundo desavenças entre agências de inteligência de países como França e Estados Unidos, além do Reino Unido, que precisam superar rixas em prol de salvar o mundo de uma ameaça.
É tentador acreditar que seja o retrato de uma história real, mas O Véu é obra original de Knight. Dito isso, muitos elementos vistos na trama ao longo dos episódios tem como base fatos. A inspiração por trás disso tem uma origem bastante curiosa.
Denise Di Novi, uma das produtoras-executivas da minissérie, contou que a ideia da trama surgiu quando ela se deparou com uma agente secreta francesa, aposentada, no bar de um hotel. A agente em questão trabalhou para o DGSE, o serviço de inteligência do país europeu.
Durante apresentação de O Véu em painel do seminário da TCA, realizado pela Associação dos Críticos norte-americanos de Televisão, Denise ressaltou que a minissérie não existiria caso ela não tivesse encontrado essa agente por caso, pois “a organização DGSE é uma das mais fechadas e mais secretas” que existe.
“Ela começou a conversar comigo e me contou como era complicado trabalhar com outras agências, destacando que uma organização não gostava da outra”, relembrou a cineasta.
Com esse ponto de partida, a trama de O Véu começou a se desenrolar, tendo como propósito encenar o “atrito entre as várias agências de inteligência ao redor do mundo, MI6, DGSE e a CIA, e sobre como lidam assim que ficam sabendo de novas ameaças”, acrescentou Steven Knight, também no TCA.
O criador entrevistou agentes de todas essas organizações e confirmou que tal tensão existe e é bem real. Daí, ele pegou esse aspecto, armou um conflito internacional e colocou no centro da resolução duas personagens.
Conheça a trama de O Véu
Essencialmente, O Véu é um suspense de espionagem que explora o relacionamento surpreendente e tenso entre duas mulheres, Imogen (Elisabeth) e Adilah (Yumna Marwan), que travam um jogo mortal sobre verdades e mentiras entre Istambul (Turquia), Paris (França) e Londres (Inglaterra).
Imogen trabalha à paisana para o MI6, setor do Serviço Secreto britânico focado em ações no exterior. Natural da Síria, Adilah entra na mira por ser suspeita de estar envolvida em uma conspiração terrorista do Isis (grupo terrorista Estado Islâmico).
Uma dessas mulheres tem um segredo (Adilah), enquanto a outra (Imogen) tem a tarefa de revelá-lo antes que meio milhão de vidas sejam perdidas. Atrás da cortina, os controladores de missões da CIA e da DGSE devem pôr as diferenças de lado, por mais difícil que possa parecer, e trabalhar em conjunto para evitar um potencial desastre antes que seja tarde demais.
