Feita pelos criadores de Westworld, a série Periféricos tem um nome que pode confundir o público. Mas um exame breve sobre a origem do título esclarece que o batismo faz todo o sentido. O novo hit do Prime Video tem ligação direta com o mundo da computação e jogos eletrônicos. E é desse balaio que vem a designação do drama futurista.
Batendo o olho no nome e vendo algumas cenas da série, pode se pensar que Periféricos tem alguma coisa a ver com periferia, com pessoas que vivem à margem do centro de uma localidade. Isso pelo fato de os dois protagonistas da narrativa, os irmãos Flynne (Chloë Grace Moretz) e Burton Fisher (Jack Reynor), morarem em uma cidadezinha afastada e de poucos recursos no interior dos Estados Unidos.
Em inglês, a série chama-se The Peripheral, que em tradução direta significa O Periférico. Essa diferença entre um nome ser no singular e outro, em português, no plural, pode carregar uma explicação importante para a história. De qualquer forma, não se trata de quem mora em uma região longe do centro.
Entenda o significado de Periféricos
O nome da série Periféricos faz referência aos itens da computação que são ligados a uma CPU. Esses acessórios são chamados de periféricos, no linguajar técnico. Uma impressora, um microfone, uma unidade de CD… tudo isso são equipamentos periféricos do computador.
Esse é um passo para entender o sentido do drama futurista. No ano de 2032, Periféricos mostra a jovem Flynn, uma gamer habilidosa, experimentando um aparelho de alta tecnologia que é apresentado como um jogo de realidade virtual muito próximo da realidade de fato. No game, é possível experimentar as sensações humanas, como o toque, por exemplo.
O tal aparelho/headset é colocado na cabeça de Flynne e plugado com uns fios. Ela é transportada para a cidade de Londres totalmente futurista, em algo que ela acha ser uma simulação. Contudo, aquilo não é um jogo: trata-se da Londres real… do ano de 2099.
Flynne, então, viajou no tempo? Tecnicamente, não. Pois ela não foi para Londres com o corpo físico.
Lá em 2099, a sociedade conseguiu dominar uma técnica chamada de “tunelamento quântico”, que basicamente é a possibilidade de interagir com o passado através da tecnologia, e vice-versa, usando apenas transferência de dados.
Nesse futuro, existe um tipo de robô que é controlado remotamente, fabricado para se parecer ao máximo com um ser humano (como os anfitriões/hosts de Westworld). Eles são utilizados como um avatar físico para alguém estar presente em um local, ou época, mantendo o corpo real em outro lugar. É o caso de Flynne.
Esse robô, que é chamado de periférico, seria o computador, a CPU, em uma explicação simbólica. E o aparelho de realidade virtual usado por Flynne para se conectar a ele, parecido com uma coroa, seria o periférico.
Agora entra a questão do singular e plural, que pode dar outro sentido ao nome da série. Pegando pelo título em inglês, no singular, o periférico em questão seria o aparelho usado por Flynne. Mas pode ser que existam outros aparelhos e robôs, daí o nome no plural.
Outra possibilidade interpretativa é que periféricos seria a soma de tudo envolvendo Flynne: o aparelho, o robô e ela própria. Nesse caso, a jovem é um acessório “periférico” na linha do tempo de 2099, da qual ela originalmente não é parte integral.
São oito episódios que compõem a primeira temporada de Periféricos; os dois primeiros foram liberados na estreia, em 21 de outubro. Um novo capítulo chega no Prime Video toda sexta-feira, até 2 de dezembro.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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