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Chefão da Netflix avisa: mensalidade vai subir (e explica o motivo)

No Brasil, o aumento mais recente ocorreu em maio deste ano
STEPHANIE GENGOTTI/THE SUNDAY TIMES
Ted Sarandos, um dos CEOs da Netflix
Ted Sarandos, um dos CEOs da Netflix

Vem aí uma nova onda de reajuste na assinatura da Netflix. É o que avisa Ted Sarandos, que divide com Greg Peters o cargo de CEO (diretor-executivo) da empresa do tudum; Sarandos cuida mais do conteúdo, enquanto Peters lida com a parte de tecnologia e finanças. Pelo ponto de vista do engravatado, alterações nos preços da mensalidade são justificáveis por causa dos investimentos feitos nas produções de programas estreantes, além de turbinar os já existentes com novas temporadas.

Ele comentou sobre essa ação estratégica em entrevista ao The Sunday Times, jornal dominical britânico:

“Temos uma longa história em relação a isso. À medida que adicionamos mais e mais valor aos consumidores [atrações novas e veteranas turbinadas], para que mais pessoas assistam e aproveitem a Netflix, de vez em quando pedimos um pouco mais de dinheiro [ao assinante] para investir nisso e seguir em frente com que esse ciclo virtuoso contínuo de melhoria.”

Não existe outra opção, segundo Sarandos. Nem diminuir seu salário (embolsou cerca de cem milhões de dólares nos últimos dois anos) nem reduzir os orçamentos das inúmeras atrações que a Netflix produz.

“Temos que ganhar a fatia de mercado entretendo o mundo”, comentou. “E quando fazemos programas que as pessoas amam, elas assinam a plataforma e permanecem.”

A Netflix se destaca por ter uma taxa pequena de fuga de assinantes, aqueles que ficam pouco meses no streaming e vão embora, truque que é prejudicial para o balanço financeiro de qualquer empresa desse setor. A plataforma que consegue reter assinantes se dá bem, e para isso é necessário ter conteúdo.

Em outubro de 2023, a Netflix reajustou o preço da assinatura em todo o mundo. O processo foi gradual, de região em região, começando pelos Estados Unidos e Canadá. A onda atingiu o Brasil em maio deste ano, elevando a mensalidade mais cara, rotulada de Premium, para R$ 59,90/mês. O valor anterior, de R$ 55,90/mês, estava congelado desde julho de 2021.

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