HOLLYWOOD PARADA

Fran Drescher esculacha CEO da Disney: ‘Desinformado e fora da realidade’

Presidente do sindicato dos atores não mediu palavras e atacou Bob Iger
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Fran Drescher (de branco) durante piquete em frente à sede da Netflix
Fran Drescher (de branco) durante piquete em frente à sede da Netflix

A atriz Fran Drescher (ex-The Nanny) de fato virou o símbolo da luta dos atores de Hollywood contra os patrões (grande estúdios e produtoras), ela exercendo o cargo de presidente do sindicato da categoria (o SAG) e líder da greve atualmente em vigor. A eterna Fran Fine esculachou o CEO da Disney, Bob Iger, crítico da paralisação. O diretor-executivo disse que a classe artística não está sendo “realista” com as demandas colocadas na mesa de negociação.

Ela foi questionada sobre o comentário do chefão durante entrevista ao site Variety, nesta sexta-feira (14), no primeiro piquete organizado pelo sindicato, bem em frente à sede da Netflix, em Los Angeles. “Acho [a fala de Iger] repugnante”, disse Fran, rotulando o mandachuva da casa do Mickey Mouse de “desinformado e fora da realidade.”

“Eu não acho que isso o serviu bem. Se eu fosse essa empresa [Disney], eu o deixaria trancado e sem falar com ninguém sobre isso, porque é óbvio que ele não tem ideia do que realmente está acontecendo com as pessoas que trabalham duro e não ganham nada perto do salário que ele recebe. São dezenas de milhões de dólares… É uma quantia insana de dinheiro que eles [executivos] ganham. Pouco se importam se são barões de terras de uma época medieval”

O comentário polêmico de Bob Iger foi dado durante entrevista ao canal de finanças CNBC, do grupo NBCUniversal, na última quinta-feira (13), mesmo dia no qual a greve dos atores foi decretada. Ele comentou que “essa é a pior hora para uma paralisação”, citando a recuperação da indústria do entretenimento depois da crise instaurada devido à pandemia de Covid-19, entre 2020 e 2021.

Como todo “bom” patrão, Iger tentou demonstrar empatia com os operários do chão de fábrica. “Eu entendo o anseio de qualquer organização trabalhista de agir em nome de seus filiados para obter o máximo de remuneração possível e ser compensado de forma justa com base no que eles entregam”, comentou.

Mas fez um adendo: “[Entretanto], há um nível de expectativa que eles [atores] têm que não é realista. E, no final das contas, eles estão colocando mais um desafio neste negócio que é, francamente, muito disruptivo.”

Neste ano, projeções apontam que Iger deve receber da Disney US$ 27 milhões, seu primeiro ciclo anual desde que assumiu novamente o cargo de diretor-executivo (CEO).

Na última quarta, quando oficializou a greve dos atores, Fran Drescher fez um discurso inflamado, o mais recente vídeo viral das redes sociais). Ela soltou o verbo e detonou os nove maiores estúdios de Hollywood, entre eles a Disney, representados pela entidade patronal AMPTP:

“Estamos sendo vitimizados por uma entidade [AMPTP] muito gananciosa. Estou chocada com a maneira como as pessoas com quem trabalhamos estão nos tratando. Não posso acreditar, francamente. Estamos distantes em tantas coisas… Como eles alegam pobreza, que estão perdendo dinheiro a torto e a direito, se pagam centenas de milhões de dólares a seus CEOs?. É nojento. Que vergonha para eles”


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