DIVULGAÇÃO/STARZ
Riley Keough na 1ª temporada de The Girlfriend Experience
Com conteúdo parco e sem grandes atrativos, o Lionsgate+ perdeu a guerra dos streamings. O grupo Lionsgate decidiu que vai deixar a América Latina até o final do ano, anúncio dado ao reportar o desempenho financeiro mais recente da companhia aos acionistas. O foco da sua plataforma de streaming ficará restrito aos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Não deu certo a aposta da empresa de emplacar um streaming global. A plataforma deixou também vários países da Europa, incluindo França, Alemanha, Itália e Espanha.
Os dois fatores principais para o fracasso foram a oferta bem rasa de séries e poucas atrações de apelo. E quando tem grandes lançamentos exclusivos para o Brasil, como o caso de The Great, a série chega bastante atrasada.
O pior é que tem conteúdo original bom no catálogo do Lionsgate+, como The Girlfriend Experience, The Act, Gaslit e Vida. Para a companhia, vai ser melhor vender os direitos internacionais dessas e outras atrações para streamings interessados. Vai ganhar mais dinheiro assim.
Vale ressaltar que o estúdio do conglomerado é grande e já fez séries de peso, sozinho ou em parceria, do nível de Mad Men, Weeds, Nurse Jackie, Orange Is the New Black e Greenleaf.
A Lionsgate está em um processo de reformulação. Há a intenção de separar o estúdio de TV/cinema do Starz (canal/streaming). No cômputo geral, o balanço financeiro está bom, com projeções favoráveis após a compra da produtora eOne. Esse reajuste na caminhada serve para dedicar tempo ao que funciona de fato, que é a marca Starz nos EUA, e se livrar do que deu errado.
O Lionsgate+, antigo Starzplay, nunca foi um streaming forte no Brasil, mesmo tendo conteúdo de terceiros adquirido junto à Sony e Universal.
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