DIVULGAÇÃO/HULU
Elle Fanning em cena da comédia The Great
É de se lamentar que uma das comédias mais engraçadas dos últimos tempos tenha se perdido nela mesma. The Great é apenas um sopro de outrora na terceira temporada, que estreia nesta sexta-feira (14), no Lionsgate+. A trama anda em círculos, não avança e fica distante dos tempos áureos, quando chegou a ter roteiro e direção indicados ao Emmy, além do reconhecimento dado à dupla de protagonistas.
No Oscar da TV deste ano, só o figurino foi lembrado (venceu a categoria figurino de época na edição passada). The Great entrou na vala comum por se repetir constantemente. Como tem praticamente o mesmo cenário, o palácio real russo, a nova temporada acaba sendo automaticamente muito similar à de 2020.
O ponto crítico da comédia é logo o principal, a dinâmica do casal Catarina, a Grande (Elle Fanning) e Peter (Nicholas Hoult). A série copia fórmula de episódios antigos, não entregando qualquer evolução.
Catarina segue na trilha sonhando em fazer uma Rússia melhor, humanitária e menos selvagem. E Peter continua dividido entre amar a mulher e ser submisso a ela… ou ouvir os “parças” e voltar ao trono, mesmo que seja matando-a.
A terceira temporada agrava mais esse problema. Quando um episódio aparenta ter resolvido de vez tal dinâmica, o próximo recomeça o ciclo da ameaça de golpe e da Rússia transformada. E assim vai… É a mesma história, só que narrada de formas diferentes, gerando assim preguiça e cansaço no público.
O que é uma pena. The Great, em sua primeira temporada (2020), conquistou com mérito o apreço da mídia e dos espectadores. Tinha-se ali uma comédia inteligente, sarcástica e completamente insana sobre os absurdos vividos atrás das quatro paredes pela corte russa, em meados dos anos 1700.
Abaixo da média, a terceira temporada coloca a série num estágio problemático, o terror de qualquer comédia. É a sensação de ouvir aquela boa piada repetidas vezes… até enjoar. Um dia foi engraçada, agora não mais.
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