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Emmy: The Crown é promovida como obra completa para esconder final medíocre

Série monárquica tem sorte: a concorrência está fraca neste ano
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Imelda Staunton na 6ª e última temporada de The Crown
Imelda Staunton na 6ª e última temporada de The Crown

A sexta e última temporada de The Crown foi, no mínimo, mediana. Principalmente em comparação às levas anteriores, como a quarta, premiada com o Emmy de melhor drama. Até a Netflix reconhece isso. Para esconder a mediocridade da conclusão abaixo da média, o marketing da gigante do streaming promove The Crown como um todo na campanha rumo ao Oscar da TV deste ano.

Hollywood está fervendo desde o começo de junho, quando canais, emissoras e streamings passaram a realizar todo tipo de evento para chamar a atenção dos integrantes da Academia de Televisão americana, organizadora do Emmy. O objetivo, com painéis e propagandas aos montes, é ser lembrado na hora da votação que escolhe os indicados.

A rodada de votação começa na quinta-feira (13) e termina dia 24. Os mais de 20 mil integrantes da Academia têm esse período de 12 dias para definir os indicados de todas as categorias da 76ª edição do Emmy. Os indicados serão anunciados em 17 de julho.

Oficialmente, The Crown concorre com a sexta temporada, que não chegou aos dias finais da rainha Elizabeth 2ª (então interpretada por Imelda Staunton). O ponto-final se deu em 2005. Quem mais se destacou foi a atriz Elizabeth Debicki, com sua atuação magistral na pele da princesa Diana, repetindo a boa performance entregue na quinta temporada.

Como a concorrência está bem fraca, The Crown é praticamente um título certo entre os indicados a melhor drama, seja considerando a série completa ou só a sexta temporada. Produções fortes como Stranger Things, Round 6, Euphoria, A Casa do Dragão, The Last of Us, The White Lotus, Ruptura e The Handmaid’s Tale estão fora da disputa neste ano, porque não tiveram temporadas inéditas lançadas dentro do período de elegibilidade.

Agora, ganhar novamente a estatueta é outra conversa. Isso porque a épica Xógum: A Gloriosa Saga do Japão vai disputar o Emmy de 2024 como drama, sendo dessa forma a grande favorita na principal categoria da cerimônia. Caso concorresse como minissérie, The Crown poderia ter chance de obter a vitória, mas só se os votantes considerassem realmente a série na totalidade.

No restante, The Crown tem favoritismo mesmo apenas na categoria de melhor atriz coadjuvante, com Elizabeth Debicki. O Emmy precisa entregar essa estatueta a ela após o absurdo que foi a derrota que sofreu, no ano passado, para Jennifer Coolidge (The White Lotus).

O drama monárquico tem um elenco forte e deve ser lembrado entre os indicados: Dominic West (categoria de ator protagonista), Imelda Staunton (atriz protagonista), Khalid Abdalla, Jonathan Pryce e Salim Daw (ator coadjuvante), Lesley Manville e Olivia Williams (atriz coadjuvante), Claire Foy (atriz convidada). 

Nas categorias técnicas, pode marcar presença nas corridas pelos prêmios de direção, roteiro, composição musical, escalação de elenco, fotografia, edição e design de produção.

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