Sem alarde, a Netflix lançou nesta quarta-feira (21) a minissérie Dahmer: Um Canibal Americano; o trailer oficial saiu cinco dias antes da estreia. A trama com roteiro e produção de Ryan Murphy (American Crime Story) conta a história real de Jeffrey Dahmer, interpretado por Evan Peters, rotulado pela mídia como Canibal de Milwaukee. Ele confessou ter matado 17 homens e adolescentes, além de praticar canibalismo e necrofilia.
Quem se depara com a série sem um conhecimento prévio pode naturalmente achar que a história é pura ficção, fruto da mente de algum roteirista bem criativo de Hollywood. Isso devido aos absurdos dos acontecimentos, desde as ações animalescas do serial killer até o trabalho inerte da polícia, que ignorou evidências e deixou a matança correr solta.
Conheça a história real da série Dahmer: Um Canibal Americano
O comediante Jerry Seinfeld tem uma piada famosa cuja graça tem um quê de verdade. Ele brinca com a coincidência de todo serial killer ser retratado como uma pessoa tranquila e calma na infância, um vizinho boa gente. Jeffrey Dahmer se enquadrava neste exemplo.
Em documentário feito pelo canal Discovery, os pais do assassino, Lionel e Joyce, juraram que nunca abusaram do filho durante a criação. Eles afirmaram que Dahmer teve uma infância normal, pacata. O menino começou a demonstrar alguns distúrbios mentais ao começar a admirar animais mortos.
Foi em 1978, quando os pais estavam se divorciando, que Dahmer perdeu a sanidade. Ele já vinha de uma adolescência problemática, excluído socialmente. E foi justamente naquele ano que o serial killer fez a primeira vítima, quando tinha 18 anos.
Dahmer começou a se viciar em bebidas alcoólicas, algo que o prejudicou ao longo da vida. O jovem até se alistou no Exército americano e estava indo bem, mas a rotina de embriaguez não casou com a disciplina militar exigida e foi dispensado após três anos de serviço.
Em 1981, começou uma sequência de eventos criminosos e idas frequentes à prisão, seja por alcoolismo ou atos libidinosos. Dahmer recebeu diversos diagnósticos de médicos: transtorno de personalidade borderline, esquizofrenia e psicose. Contudo, o tribunal de Milwaukee, que o julgou para valer, tratou ele como uma pessoa sã.
Evan Peters afirmou que a intenção da série não é pegar essa história e fazer um sensacionalismo barato, seja com Dahmer ou com as vítimas dele. Um dos objetivos da minissérie é abordar questões acerca da saúde mental, sobre como doenças dentro desse escopo devem ser encaradas por todos.
Morto no banheiro
As atitudes à margem da lei de Jeffrey Dahmer resultaram nas 17 mortes que confessou. A tática que ele usava para atrair as vítimas era seduzi-las com papos furados, como convidá-las ao seu apartamento para uma sessão de fotos eróticas ou apenas para conversarem.
Entre tantos atos mórbidos, Dahmer tinha o costume de deixar dentro do apartamento partes do corpo das vítimas; eram símbolos, como se fossem troféus.
Só um rapaz escapou: Ronald Flowers. Em julho de 1991, Dahmer foi preso. A vítima em questão escapou dos braços do serial killer e foi até a polícia. Ao chegarem na residência de Dahmer, os detetives encontraram restos de 11 corpos de homens e adolescentes. Algumas partes estavam na geladeira.
No ano seguinte, Dahmer recebeu a sentença: 16 penas sucessivas de prisão perpétua. Dentro da cadeia, no Instituto Correcional de Columbia, no Estado de Wisconsin (onde está localizada a cidade de Milwaukee), o assassino escapou de algumas mortes, pois era alvo atrás das grades.
Em novembro de 1994, Jeffrey Dahmer morreu no banheiro da cadeia. Ele limpava o local quando foi surpreendido por dois homens que estavam o acompanhando. Um dos detentos agrediu Dahmer violentamente, com golpes na cabeça, usando uma barra de metal de 50 cm.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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