HISTÓRIA REAL

Bem-Vindos à Vizinhança: família teve prejuízo de R$ 2,6 milhões ao vender casa

Donos nunca moraram no imóvel, que só foi passado para frente 5 anos após a compra
REPRODUÇÃO/NETFLIX
Bobby Cannavale na minissérie Bem-Vindos à Vizinhança
Bobby Cannavale na minissérie Bem-Vindos à Vizinhança

Quanto vale uma casa “assombrada”? Na história real que inspirou a minissérie Bem-Vindos à Vizinhança, o prejuízo foi grande para os donos da residência cheia de mistérios. Por causa de cartas anônimas ameaçadoras e aterrorizantes, o tal imóvel perdeu valor de mercado, vendido cinco anos após a aquisição por US$ 500 mil (R$ 2,6 milhões) a menos em comparação ao preço da compra.

Atual líder de audiência na Netflix, Bem-Vindos à Vizinhança acompanha a rotina da família Brannock (Broaddus, na vida real). Muita coisa mudou entre o que aconteceu de verdade e a encenação. Mas a base é a mesma. O que seria a vida de sonho dentro de uma casa espetacular virou um pesadelo.

Em 2014, os Broadduses, casal com três filhos, compraram uma residência luxuosa na cidade de Westfield, Estado de Nova Jersey (EUA), por US$ 1,4 milhão, no endereço Boulevard, 657. Porém, eles nunca se mudaram por causa das cartas anônimas que recebiam.

Os recados dados pelo o que foi chamado de The Watcher (nome da série em inglês) eram na linha de: “Eu observo e espero o tempo em que o sangue das crianças vai ser meu de novo” e “Eu passo pela casa várias vezes ao longo do dia. Você sabe que eu estou de olho”.

Na tradução em português do roteiro de Bem-Vindos à Vizinhança, o stalker foi batizado de Observador. As cartas criticavam algumas reformas feitas no imóvel, assim como descrevia coisas que as crianças faziam por lá.

A família Broaddus chegou a processar os antigos donos por não informarem sobre as cartas, que eram enviadas ao endereço anteriormente. Querendo se livrar logo desse problema, a família colocou a casa à venda oito meses após a compra, em fevereiro de 2015.

Como esperado, ninguém queria morar na casa “assombrada” pelo observador anônimo. Nenhuma oferta era entregue, levando os Broadduses ao extremo de vender a propriedade para uma empreiteira, que iria demolir o imóvel para construir duas casas. Esse projeto foi rejeitado pela prefeitura.

Somente cinco anos depois da compra, em julho de 2019, a família vendeu a casa. Contudo, muito abaixo do valor de mercado, resultando em um prejuízo financeiro enorme, recebendo US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões) a menos do que pagaram.

Na época, essa história das cartas e da dificuldade de vender a casa era conhecida em todos os Estados Unidos. Quando a transação dos Broadduses foi concluída, o assunto virou notícia nacional, ganhando reportagens em telejornais das grandes emissoras de TV.

Clique aqui e veja vídeos das duas casas, a real e a usada na minissérie.

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