PREMIAÇÃO

A Diplomata esquenta briga por vagas na categoria de melhor drama no Emmy

Série inteligente da Netflix está com cotação em alta às vésperas de votação
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Keri Russell na 1ª temporada de A Diplomata
Keri Russell na 1ª temporada de A Diplomata

O Emmy de melhor drama da edição deste ano tem dono: Succession. Ao menos para compensar essa vitória certa, a corrida em busca de indicações à principal categoria da premiação está bastante acirrada. A briga esquentou de vez com o crescimento de A Diplomata (Netflix), até então tratada como zebra, às vésperas do período de votação que define os indicados, de 15 a 26 de junho.

Essencialmente, das oito vagas disponíveis na categoria de melhor drama, cinco estão preenchidas: quatro por produções da HBO (The White Lotus, A Casa do Dragão e The Last of Us; além de Succession, claro) e Better Call Saul pela última temporada. Todo o restante dos inscritos estão na mira das três vagas em aberto.

A Diplomata foi a série que mais cresceu nos últimos dias, seja nas casas de apostas ou nas conversas entre especialistas. Por mais que tenha todo o mérito, sendo uma série inteligente e diferenciada, seria uma surpresa a indicação porque a concorrência é bastante forte. Com ela dentro, com certeza séries de peso vão ficar de fora.

O grupo de atrações de olho em uma vaguinha na categoria de melhor drama, ao menos para participar da festa sob o lema “o importante é competir” é formado por: The Crown, Yellowjackets, Andor, Yellowstone, The Mandalorian, Slow Horses, The Handmaid’s Tale e The Old Man. Com A Diplomata dentro, essas oito séries disputam apenas dois espaços.

Desse bolo, estão na frente (neste momento) The Crown e Yellowjackets. Os indicados ao Emmy de 2023 vão ser conhecidos em 12 de julho.

A força de A Diplomata

Sem pirotecnias, A Diplomata destoa de tantas produções pasteurizadas da Netflix. Toda a estrutura narrativa se sustenta na base do diálogo. Não tem truques, efeitos… Nada disso. E as conversas entre os personagens caminham precisamente em uma trilha ideal, sem ser didática ao extremo e muito menos cifrada, com construções difíceis de entender.

O modus operandi da diplomacia é escancarado no drama. O protagonismo é de Keri Russell (The Americans), que interpreta Kate Wyler. Perita nesse universo, mas nos bastidores, ela é jogada para o centro das atenções após um porta-aviões britânico ser alvo de um ataque no Oriente Médio, causando várias mortes e iniciando uma tensão bélica entre o Reino Unido, Estados Unidos e Irã, principal suspeito de orquestrar o tal ataque.

Com larga e importante experiência em gerenciar zonas de crise internacionais, Kate estava prestes a ir trabalhar em Cabul (Afeganistão). Os planos mudaram após ela ser convidada para assumir o posto de embaixadora americana no Reino Unido, com a responsabilidade de resolver o impasse criado.

A criação de A Diplomata é de Debora Cahn, que começou a carreira de roteirista no drama político The West Wing. A construção de falas rápidas e precisas foi ainda mais aprimorada na passagem dela por Grey’s Anatomy, de 2006 a 2013. Seu trabalho anterior, a cereja no bolo, foi em Homeland. As influências dessas três séries estão em A Diplomata, culminando em um produto final da mais pura qualidade.


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