ESPERANÇA NÃO MORRE

Criadores de Westworld querem resgatar série para colocar ponto-final

Ficção científica foi cancelada de forma abrupta em 2022, pela HBO
DIVULGAÇÃO/HBO
Jeffrey Wright em cena de Westworld
Jeffrey Wright em cena de Westworld

Drama com 54 indicações ao Emmy (nove vitórias) e dono de recordes de audiência na HBO, a série Westworld foi cancelada de forma surpreendente, no final de 2022. A ficção científica acabou após quatro temporadas sem um desfecho adequado e foi retirada do streaming Max. Os criadores da atração, Jonathan Nolan e Lisa Joy, não abrem mão de Westworld: querem ressuscitá-la para colocar um ponto-final digno.

Em entrevista ao site The Hollywood Reporter, promovendo a nova série Fallout (estreia na próxima quinta, 11, no Prime Video), Nolan não fugiu das inevitáveis perguntas sobre o cancelamento abrupto de Westworld. Ele comentou sobre a possibilidade de fazer uma temporada final como planejado originalmente.

“Sim, 100%”, respondeu, de forma direta. “Nós [eu e Lisa] somos de terminar o que começamos. Demorou cerca de oito anos, e uma troca de diretor, para fazer [o filme] Interestelar [de 2014]. Nós gostaríamos de concluir o que iniciamos.”

O casal Jonathan e Lisa, atualmente contratados do Prime Video, expressam a vontade de retomar Westword para a merecida temporada final. Querer não é poder, como dizem por aí. É preciso quebrar várias barreiras burocráticas para quem sabe, um dia, concretizar esse desejo. 

Em janeiro, a protagonista de Westworld, Evan Rachel Wood, quebrou o silêncio e falou sobre como reagiu ao saber do cancelamento da série. “Foi horrível em vários aspectos”, desabafou a intérprete da robô Dolores. “Não tivemos uma conclusão depois de construir um arco [de história] e desenvolver uma personagem durante quase dez anos.”

Westworld levou os telespectadores a um mundo no qual humanos visitavam parques temáticos futuristas e interagiam com robôs que pareciam humanos. Os lugares de diversão politicamente incorreta emulavam cenários como o Velho Oeste americano ou o mundo dos samurais japoneses.

O drama teve uma primeira temporada forte, elogiável, propondo discussões relevantes e filosóficas sobre violência e livre arbítrio. Contudo, a série foi perdendo público aos poucos por causa dos nós da narrativa, causando bastante confusão. A distância entre temporadas, quatro em seis anos, também jogou contra.

O que realmente pesou contra Westworld foi o fator econômico, resultado do corte severo de gastos vigente na Warner Bros. Discovery, a dona da HBO; considerou-se o custo da produção (muito alto) versus audiência (baixíssima).

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