Única série da Netflix a ganhar o Emmy de melhor drama, The Crown chega nesta quinta-feira (16) com a sexta e última temporada. É o drama monárquico britânico entrando em sua fase mais midiática, trazendo à tona eventos ocorridos entre 1997 e 2005, um dos períodos mais analisados e explorados de toda a história do Reino Unido. Foram encenados eventos recentes ainda fresquinhos na memória de muitos.
É uma sensação bem diferente do começo de The Crown. A narrativa deu o start em 1947, com a proposta de acompanhar a vida e quase totalidade do reinado da rainha Elizabeth 2ª, seis décadas em seis temporadas. O passado distante foi encarado como uma aula de história, praticamente.
Isso mudou conforme a trama avançou. Quanto mais se aproximava do presente, mais críticas a série recebia sobre como estava apresentando a rotina da família real britânica. No ano passado com o lançamento da quinta leva, por pressão externa, a Netflix passou a exibir um aviso deixando claro que The Crown é uma ficção e não o retrato da realidade.
Esse tipo de confusão tende a ser maior com a sexta temporada. Ela vem dividida em duas partes. A primeira, disponível a partir desta quinta, tem quatro episódios. O foco é total na princesa Diana (Elizabeth Debicki) durante os seus últimos dias, em 1997. The Crown promete mostrar os bastidores de situações que foram exploradas pela mídia sensacionalista britânica.
No enredo, o drama retorna um ano após o divórcio entre Diana e o príncipe Charles (Dominic West). Em seguida, ela e Dodi (Khalid Abdalla) passaram a formar um casal improvável. Os dois foram alvos de paparazzi em uma cobertura sufocante. Onde quer que iam, câmeras fotográficas estavam apontadas a eles.
No cartaz de divulgação de The Crown, a Netflix usa uma imagem de Diana sentada em um deque, usando um vestido azul cor de piscina. É uma reprodução de flagra obtido por fotógrafos da mídia inglesa, imagem que rodou o mundo, como tantas outras.
A sexta temporada vai mostrar muitos momentos desse tipo, que o público familiarizado com a família real britânica conhece. São registros necessários, pois culminaram na tragédia que foi a morte de Diana e Dodi, em Paris, após sofrerem um acidente de carro; eles estavam sendo perseguidos por paparazzi…
Como fez desde o primeiro instante, a série premiada da Netflix tem a missão de mostrar coisas novas sobre a realeza britânica. Por exemplo, a vida e morte de Diana até hoje é um dos assuntos mais explorados no audiovisual, seja em filmes ou documentários. Annie Sulzberger, a chefe de pesquisa de The Crown, assegurou que todo tipo de produção feita sobre Diana foi analisada meticulosamente na preparação da temporada de despedida.
Inevitavelmente, o drama pode entrar em conflito com as lembranças que as pessoas têm daquele período ou com o que foi catalogado nessas várias atrações sobre a amada princesa. A tarefa de The Crown é contribuir com a história de Diana, oferecendo uma nova visão enquanto prepara o terreno rumo ao ponto final.
A segunda parte da sexta temporada de The Crown vai ser lançada em 14 de dezembro (seis episódios). Pós-Diana, a narrativa vai abranger mais anos até chegar em 2005, no casamento de Charles com Camilla Parker Bowles (Olivia Williams). O Jubileu de Ouro da rainha Elizabeth 2ª (Imelda Staunton), 50 anos de sua coroação, também ganha espaço, assim como os primeiros passos da relação entre o príncipe William (Ed McVay) e Kate Middleton (Meg Bellamy).
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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