A Globo estreia nesta sexta-feira (2) a série sensação da TV aberta americana da temporada 2021-2022. O drama de ficção científica La Brea, que ganhou o subtítulo A Terra Perdida em português, já aprontou das suas aqui no Brasil, batendo recordes de audiência na Tela Quente (sessão de filmes da Globo) e no Globoplay. A razão de tanto sucesso até que é simples, e talvez aí esteja o segredo de a trama ser boa e atraente.
Antes de tudo, porém, vale pontuar algumas coisas. La Brea está longe de ser uma série de alto nível, digna de Emmy. Prepara-se para ver cenas constrangedoras, atuações canastronas, diálogos bobos e efeitos especiais de fundo de quintal. Esse pacote cringe não mancha a atração por completo nem estraga a experiência do telespectador.
Quem for embarcar em La Brea precisa ter ciência de que irá se deparar com uma narrativa mix de ficção científica com eventos sobrenaturais, como se fosse parente de Lost e Manifest.
Um elemento forte da série nasce disso tudo, que são as teorias apresentadas ao longo dos episódios, encorajando o espectador a tentar desvendá-las. Quando bem feito, caso de La Brea, esse recurso funciona.
Personagem-chave de La Brea
Sabiamente, os roteiristas e produtores do drama colocaram entre os personagens aquele que irá ao mesmo tempo questionar e solucionar as maiores dúvidas da narrativa. Essa missão fica com Scott Israni (Rohan Mirchandaney), estudante de antropologia.
Ele vem a calhar porque serve como guia para o telespectador decifrar La Brea. A série apresenta um dia banal em Los Angeles até uma cratera se abrir na cidade e sugar várias pessoas, entre elas Scott. Esse grupo aterrissa a salvo em um campo verdejante, habitado por animais extintos há anos. Cabe à turma descobrir onde estão e como sair dali.
O detalhe é que Scott é usuário de drogas e, quase sempre, está doidão. Daí, muitos não acreditam no universitário quando, por exemplo, diz que eles viajaram no tempo, agora batendo perna na Los Angeles de milhares de anos atrás. Afinal, pode ser apenas a brisa entorpecente falando isso.
À parte as questões de teorias e revelações de segredos da história, La Brea não deixou de copiar fórmulas padrões de qualquer obra bem-sucedida do mundo das séries, como apostar em vilões, investir em pessoas dúbias (são boas ou más?), explorar o triângulo amoroso, destacar personagem feminina forte, criar conflitos internos entre os personagens principais…
E claro que não poderia faltar a interferência do governo (americano) no assunto do desaparecimento das pessoas na cratera. O público precisa ficar atento se os agentes estão querendo de fato ajudar, se estão escondendo algo ou pior, talvez tenham algum envolvimento direto no fenômeno.
Acaba que La Brea é uma boa opção de divertimento, excluindo os eventuais tropeços. A primeira temporada é composta de dez episódios. A segunda leva está confirmada e vai estrear, nos Estados Unidos, no próximo dia 27. O drama está disponível completo no Globoplay.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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