É, gente, o tempo passa… A sitcom Brooklyn Nine-Nine completa, no domingo (17), dez anos de sua estreia. O fim só veio em 2021, após oito temporadas e resgate do cancelamento decretado (em 2018). Acontece que a atração corria risco de não passar sequer da primeira temporada. Mas veio a surpreendente vitória no Globo de Ouro de 2014, como melhor comédia, conquista que mudou a trajetória da série.
Por si só, a indicação de Brooklyn Nine-Nine como melhor comédia chamou a atenção. Na época, a trama até ganhou boas avaliações na imprensa, mas coisa pontual, sem grande destaque.
Para os padrões daquele tempo, a sitcom registrava audiência péssima, uma das piores da TV aberta americana, lá na rabeira da tabela do ibope com média de menos de 4 milhões de telespectadores por episódio (uma década depois, performance assim é para estourar rojões e comemorar).
Tanto que a rede Fox, então casa de Brooklyn Nine-Nine, não tinha renovado a série quando o Globo de Ouro aconteceu, em janeiro de 2014. O troféu conquistado foi fundamental para a encomenda de novos episódios.
Girls (HBO) era a favorita para vencer o Globo de Ouro de melhor comédia na 71ª edição da premiação. Tinha vencido no ano anterior, pela primeira temporada, e elevou o nível na segunda leva. A série era a preferida tanto do público quanto da crítica. Brooklyn Nine-Nine nem era cogitada como possível vencedora.
A sitcom só reforçou a tendência do antigo júri do Globo de Ouro de favorecer séries estreantes, caso da própria Girls e outras séries que venceram a categoria anteriormente com a temporada de estreia, tipo Glee, Ugly Betty e Desperate Housewives.
Além de Girls, estavam na corrida The Big Bang Theory (sete anos no ar), Parks and Recreation (cinco anos) e Modern Family (dois anos).
Dan Goor, cocraidor de Brooklyn Nine-Nine, realmente ficou chocado com a vitória em cima dessas séries. Ele, assim como o colega Michael Schur, realmente ficou surpreso com a vitória, pela reação vista no palco ao receber o troféu e depois de cair a ficha, nos bastidores da cerimônia.
Como Brooklyn Nine-Nine começou
Lembra do começo de Brooklyn Nine-Nine? Raymond Holt (Andre Braugher) chegou na delegacia 99, em Nova York, assumindo o posto de capitão. Imediatamente, surge atrito com o detetive Jake Peralta (Andy Samberg) por terem personalidades diferentes e, principalmente, pela imaturidade do subordinado.
Por sua vez, Amy Santiago (Melissa Fumero) não cansava de puxar o saco do chefe, por ser fã do capitão. Ela tinha somente um relacionamento amigável com Jake, mas logo ele percebeu que sentia algo a mais pela colega policial.
No quesito romance, Charles Boyle (Joe Lo Truglio) tinha um crush forte pela detetive Rosa Diaz (Stephanie Beatriz), que não dava bola para ele.
A comédia Brooklyn Nine-Nine está disponível, completa, na Netflix.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br