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TV paga ou é tédio que chama?
A TV paga no Brasil cada vez mais vira um produto elitizado e restrito. Segundo números oficiais da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), o número de assinantes em um ano caiu 12,7%, uma perda de 2 milhões de clientes. Em dezembro do ano passado, foram registradas 14,1 milhões de assinaturas, contra 16,1 milhões do último mês de 2021.
É constante e rápida a queda do acesso à TV paga no Brasil. Há cinco anos, por exemplo, o número de assinantes era de 18,1 milhões (dezembro de 2017). O brasileiro tem colocado em prática a modalidade “corte o cabo”, tão comum nos Estados Unidos (por lá a TV paga também passa por crise).
O movimento de corte é até natural por causa das mudanças de opções de entretenimento, com destaque para o dinâmico e atrativo streaming. Em alguns cenários, quem ainda se mantém fiel à TV paga é por ter dificuldade de obter um sinal de qualidade de todos os canais abertos (daí vale adquirir um pacote básico apenas para ver Globo, SBT, Record e afins).
Em relação às séries, a assinatura é pouco proveitosa e tediosa (vide as incansáveis reprises). Os fãs da franquia Chicago (P.D., Fire e Med), assim como os da família Law & Order, têm no canal Universal a exibição em primeira mão dos episódios inéditos das respectivas atrações, mas com muito atraso em relação aos EUA. O mesmo acontece com Grey’s Anatomy, no canal Sony.
O conteúdo premium entregue pela HBO não é vantajoso de ser acessado pela TV paga. É muito melhor assinar o streaming HBO Max, serviço da Warner Bros. Discovery, que lá os episódios inéditos das séries atuais e mais badaladas entram simultaneamente com o canal.
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br