CRÍTICA

Em Tulsa King, Sylvester Stallone fascina por viver um mafioso em extinção

Nova série do Paramount+ estreia no domingo (25)
DIVULGAÇÃO/PARAMOUNT
Sylvester Stallone na 1ª temporada de Tulsa King
Sylvester Stallone na 1ª temporada de Tulsa King

Quem diria que nós precisávamos de um Sylvester Stallone bem-humorado, sarcástico e emotivo? Em Tulsa King, o ator veterano do cinema, eterno Rocky Balboa e Rambo, se aventura pela primeira vez na TV. E, aos 76 anos, dá show na série criminal interpretando um mafioso em extinção, sujeito da velha guarda jogado em um habitat nada natural. Veja isso e muito mais em Tulsa King, que estreia no Paramount+ no domingo (25).

Namoro, noivado e casamento de Stallone com o capo Dwight Manfredi, personagem dele em Tulsa King, ocorreram em uma semana. Foi esse o tempo necessário para Taylor Sheridan, criador do drama e pai da franquia Yellowstone, ter a ideia da série, escrever o roteiro do primeiro episódio e convencer o ator a embarcar no projeto.

Sheridan tem por característica desenvolver um personagem principal pensando no ator que irá representá-lo, sem aplicar testes de elenco. Ele fez isso com Dwight e, segundo pessoas próximas do Stallone da vida real, o roteirista acertou em cheio. Porque tirando a vida criminal com a máfia, o protagonista é a essência de Stallone longe das câmeras.

Por isso que o personagem fora da lei caiu bem na pele da lenda do cinema. Stallone navega em águas tranquilas oscilando entre ações corriqueiras de sua vida, como ser brincalhão e cuidadoso com pessoas queridas, com a atuação de fato, que é chutar o traseiro de quem pisa no seu pé, no melhor estilo porradaria dos filmes de ação dos anos 1980 e 1990.

Sylvester Stallone na série Tulsa King
Sylvester Stallone na série Tulsa King

Mafioso boa praça

A trama de Tulsa King segue Dwight “O General” Manfredi em uma aventura inusitada. O mafioso nova-iorquino cumpriu uma longa sentença de 25 anos atrás das grades e agora está solto. Ao sair da cadeia, o seu chefe dá-lhe uma missão ingrata. 

Dwight é enviado para a cidade de Tulsa, no Estado de Oklahoma (interior dos EUA), para montar uma operação por lá, quase como uma punição. Sem conhecer ninguém, ele procura pessoas em quem possa confiar na construção de um novo império.

O charme do mafioso conquista todos, seja pela dor ou pelo amor. O capo monta alianças com quem se depara ao cruzar a cidade, do motorista de táxi ao dono de um bar. Nessa caminhada, o bandido se envolve com uma mulher bem mais nova. O que seria só um encontro por prazer desencadeia sérios problemas, porque ela é policial.

A sedução de Dwight encanta até mesmo a agente Stacy Beale (Andrea Savage). Embora esteja perto de se aposentar, ela corre todos os riscos possíveis para ajudar o crush da maneira que pode. Afinal, as movimentações ilegais dele estão chamando a atenção do FBI (a polícia federal norte-americana).

Enquanto tenta se adaptar à nova forma de viver no mundo após ficar um quarto de século preso, Dwight não abandona o código de ética dos mafiosos das antigas, esses que a população em geral só conhece por causa de filmes clássicos sobre a máfia, tipo Os Bons Companheiros (1990). É um tipo de personagem que não existe mais.

Stallone tem um fascínio surpreendente. Ele pensou que estava aceitando somente mais um papel na carreira, porém alcançou muito mais do que isso. Tulsa King está sendo um sucesso nos Estados Unidos e já foi renovada para a segunda temporada.

Dwight atrai o público que vibra com tudo o que o personagem (simpático, por que não?) passa. E são muitas adversidades: problemas de relacionamento com a filha, atrito com colegas da máfia, perseguido pela polícia, novo inimigo na espreita… Essa soma de fatores torna Tulsa King eletrizante. Merece ser vista.


Acompanhe o Diário de Séries no Google Notícias.

Siga nas redes

Fale conosco

Compartilhe sugestões de pauta, faça críticas e elogios, aponte erros… Enfim, sinta-se à vontade e fale diretamente com a redação do Diário de Séries. Mande um e-mail para:
contato@diariodeseries.com.br
magnifiercross