DIVULGAÇÃO/STARZ
Alicia von Rittberg na série Becoming Elizabeth
O canal Starz cancelou a série Becoming Elizabeth após uma única temporada. A notícia deixou fãs frustrados pois, apesar da audiência baixa nos Estados Unidos, a trama gerou engajamento e recebeu elogios. Ela abordou a trajetória da rainha Elizabeth 1ª durante os anos de 1500, em um tempo da monarquia britânica muito diferente do visto em The Crown (Netflix). No Brasil, Becoming Elizabeth está no streaming Lionsgate+.
Para o Starz, o ibope de Becoming Elizabeth foi aquém do esperado. A média da primeira temporada, composta de oito episódios, foi de 136 mil telespectadores (no “ao vivo”). Embora não seja um dado desastroso para um canal premium da TV paga americana, o problema é que a série não cativou o público-alvo, entre 18 e 49 anos, quase chegando a dar traço (zero audiência) nessa faixa etária.
Rapidamente, as pessoas acima dos 50 anos que acompanharam fielmente a narrativa usaram a internet para protestar contra o cancelamento. Dependendo da plataforma ou canal, o modelo de negócios no mundo das séries é cruel mesmo, pouco se importando com os espectadores mais velhos. A conquista específica desse público veio porque Becoming Elizabeth é bem voltada a fatos históricos, o que pode ser entediante aos jovens.
Becoming Elizabeth mostrou como a princesa Elizabeth (interpretada por Alicia von Rittberg) se tornou rainha na monarquia britânica aos 24 anos de idade, governando entre 1558 e 1603. O Reino Unido desfrutou de paz, prosperidade e acumulou conquistas territoriais ao redor do mundo durante esse período.
Essa Elizabeth tem uma conexão curiosa com a retratada em The Crown, drama premiado e popular da Netflix. As duas têm um ancestral comum: rei Henrique 8º. Isso torna elas primas de 13º grau. Contudo, não foi o parentesco que fez a rainha de The Crown escolher o nome Elizabeth 2ª.
Morta em setembro deste ano, aos 96 anos, a Elizabeth 2ª tem esse nome na identidade civil (Elizabeth Alexandra Mary). Como já existia uma rainha Elizabeth na história, então conhecida apenas como Elizabeth da Inglaterra, fez-se a distinção entre uma e outra na grafia oficial usando os algarismos romanos: Elizabeth I (Becoming Elizabeth) e Elizabeth II (The Crown).
