No atual cenário do mercado de séries, o padrão é produções da TV convencional serem adquiridas por streamings. O Apple TV+ vai fazer o caminho inverso. O flopado drama britânico Suspicion, liderado por Uma Thurman (da franquia Kill Bill) e Kunal Nayyar (o Raj de The Big Bang Theory), vai ser oferecido para canais e redes convencionais na MipTV, maior feira internacional sobre o universo televisivo, programada para os 17, 18 e 19 de abril, em Cannes (França).
O grupo israelense Keshet Media, que produziu a Suspicion para a plataforma da Apple, vai vender os direitos de exibição da série para canais pagos ou redes de TV aberta do mundo todo; a exclusividade no streaming permanece com o Apple TV+.
Em tese, streamings tendem a segurar a exclusividade de uma atração a qualquer custo; claro, quando tal atração rende engajamento e conquista audiência. Mas há casos que quebram essa regra, principalmente se a produção é de terceiros.
Isso ocorreu com a Netflix, por exemplo. As séries Orange Is the New Black (Lionsgate) e House of Cards (MRC e Trigger Street) foram exibidas em canais do grupo Paramount aqui no Brasil (Comedy Central e Paramount Network) e na Band (caso de Orange).
Suspicion é um drama no estilo jogo gato e rato, narrando a investigação do sequestro de um jovem, levado por quatro pessoas mascaradas no corredor de um hotel, em Nova York. A vítima do rapto é filho de Katherine Newman (Uma), diretora-executiva americana de grande sucesso.
As suspeitas rapidamente recaem sobre quatro cidadãos britânicos, aparentemente comuns, que estavam no local na mesma noite.
Enquanto buscam provar a inocência, eles viajam por vários países para escapar das forças conjuntas da Agência Nacional de Crimes britânica e do FBI (a polícia federal dos Estados Unidos) e fica evidente que nem todos são confiáveis.
Quem está realmente por trás do misterioso crime? Alguém pode ser culpado apenas por estar no lugar errado na hora errada?
A primeira (única?) temporada de Suspicion terminou em março do ano passado, após oito episódios.
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