Finalmente a série Poker Face, uma das melhores de 2023, estreou no Brasil. Mas a notícia boa para por aqui. A comédia dramática está disponível no novato streaming Universal+, lançado nesta semana dentro da plataforma Claro TV+ sob muita confusão. O acesso restrito deixa a atração praticamente em um ponto cego. No final das contas, o público paga o preço (literalmente) e sofre se quiser ver a série de forma legal.
Ao invés de facilitar, o negócio só atrapalha. Na comunicação com a imprensa, a Claro TV+ não deixou claro como vai funcionar o acesso ao Universal+. O preço está lá, R$ 29,90/mês. Mas precisa ser assinante da Claro TV+ para ter o novo streaming? Ou é uma assinatura independente? Quem é assinante da TV paga da Claro ganha o streaming como cortesia ou não? Faltou soltar um bê-a-bá, tipo “perguntas frequentes” para esclarecer isso.
Esse Universal+ é o streaming que serve como alternativa ao Peacock, serviço do conglomerado NBCUniversal disponível nos Estados Unidos e em alguns países da Europa, para o público da América Latina.
Melhor seria se esse tal Universal+ seguisse o padrão de tantos outros streamings do mercado: ter um site/app exclusivo, de fácil acesso, no jogo rápido.
Assim, Poker Face, lançada no Brasil com quase um ano de atraso, fica jogada em uma plataforma que tem potencial, mas é cara pelo conteúdo que oferece nesse início. Seria melhor se, como outras produções do grupo do pavão, Poker Face chegasse em um serviço mais relevante e conhecido do público, tipo Globoplay ou Netflix, plataformas essas que já exibiram séries do Peacock em território tupiniquim.
O apelo de Poker Face
A imperdível Poker Face apresenta Natasha Lyonne (Orange Is the New Black, Boneca Russa) na pele de Charlie Cale, mulher descolada dona de um dom imensurável: é capaz de perceber quando uma pessoa está mentindo ou falando a verdade.
Em cada episódio, Charlie se depara com assassinatos misteriosos fora da caixinha. Quem comete o crime acha que se safou, mas a detectora de mentiras ambulante tem a habilidade de solucionar o caso usando os métodos mais fora do comum possíveis.
Renovada para a segunda temporada, Poker Face foi um grande sucesso de audiência, nos EUA, ao ponto de ser líder em ranking da Nielsen, o ibope americano, batendo séries hits da Netflix como Ginny e Georgia.
Poker Face briga pelo Critics Choice de melhor comédia. E a protagonista Natasha Lyonne disputa a categoria de melhor atriz de comédia em três grandes premiações: Critics Choice, Globo de Ouro e Emmy.
A série é criação de Rian Johnson, roteirista duas vezes indicado ao Oscar pelos filmes Entre Facas e Segredos (roteiro original) e Glass Onion – Um Mistério Knives Out (roteiro adaptado).
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br