NOVO RUMO

Showrunner de Bridgerton justifica mudança drástica na jornada de Francesca

Jess Brownell explica o caminho diferente adotado pela série em relação aos livros
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Hannah Dodd na 3ª temporada de Bridgerton
Hannah Dodd na 3ª temporada de Bridgerton

A parte final da terceira temporada de Bridgerton prometeu e entregou fortes emoções. Entre os vários acontecimentos chocantes, um em particular abalou a base de fãs da coleção de livros Os Bridgertons, que inspira a série da Netflix. O alvo da polêmica é a mudança drástica na jornada de Francesca Bridgerton (Hannah Dodd), que destoa da obra literária escrita por Julia Quinn.

[Atenção: spoilers da parte 2 da terceira temporada de Bridgerton]

Showrunner da série, responsável pelo andamento criativo da narrativa, Jess Brownell teve de explicar o motivo dessa intervenção. Antes, contudo, vale uma contextualização do que ocorreu na trama.

Durante toda a terceira temporada de Bridgerton, Francesca foi cortejada por John Stirling (Victor Alli), com quem acabou se identificando. Ela queria se casar quanto antes, apesar de objeções da mãe, Violet (Ruth Gemmell). Os dois deixam a barulhenta Londres (Inglaterra) para passar a lua de mel na Escócia.

A partir desse ponto, Francesca demonstra ter atração pela charmosa prima de John, Michaela Stirling (Masali Baduza). Daí surgiu o enrosco: a série trocou o gênero da personagem. Nos livros, após ficar viúva, Francesca se aproxima do primo de John, Michael.

Assim, Bridgerton caminha para ter um romance queer, no centro da narrativa, num futuro próximo. Em entrevista ao site Entertainment Weekly, Jess Brownell justificou a alteração feita em relação aos livros; o volume da saga focado em Francesca é o sexto, intitulado de O Conde Enfeitiçado.

“Quando li O Conde Enfeitiçado pela primeira vez, eu realmente identifiquei Francesca como sendo uma mulher queer”, disse a showrunner. “Há alguns temas naquele livro sobre Francesca se sentir diferente. Julia Quinn apenas quis dizer isso em termos de a personagem ser introvertida. Mas para muitos de nós da comunidade queer, essa sensação de se sentir diferente, desde tenra idade, faz parte da nossa caminhada. Então, senti que seria uma boa oportunidade temática de contar uma história queer com Francesca.”

“E eu não quero apenas inserir uma personagem queer só para cumprir cota”, continuou. “Eu realmente quero contar uma história sobre uma parte da experiência queer. Há também um pedaço da jornada de Francesca que nos permite assegurar um feliz para sempre, dela com Michaela. É importante para mim desenvolver essa história com final feliz, assim como com qualquer outro casal.”

Essa inclinação de Francesca foi desenvolvida ao longo da terceira temporada, como o fato de ela não se sentir confortável, igual às outras amigas debutantes, na caça a um marido. Sem esse sonho como prioridade vital, a jovem Bridgerton se conectou com John mais como uma amiga, outra forma de amor alicerçada em interesses comuns, companheirismo e respeito.

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