MUDANÇA CLIMÁTICA

Séries na Netflix e Apple TV+ acendem alerta sobre o aquecimento global

Saiba por que Expresso do Amanhã e Extrapolations são essenciais
DIVULGAÇÃO/TNT/APPLE TV+
Daveed Diggs em Expresso do Amanhã (à esq.) e Sienna Miller em Extrapolations
Daveed Diggs em Expresso do Amanhã (à esq.) e Sienna Miller em Extrapolations

Quem respira sente as consequências do aquecimento global. O mês de julho foi o mais quente da história, segundo a Organização Meteorológica Mundial. Calor próximo do 60°C na China e temperaturas de verão no inverno brasileiro são apenas alguns exemplos disso. As consequências da mudança climática no planeta têm duas versões essenciais de serem vistas em séries na Netflix e no Apple TV+. Obviamente, são dramatizações de fatos, projetando como poderá ser o futuro da humanidade caso a temperatura só aumente ano após ano.

Há um alerta em meio a isso tudo. Segundo o secretário-geral da ONU (Organizações da Nações Unidas), Antonio Guterres, “a era do aquecimento global acabou. Agora é a hora da fervura global. A mudança climática está aqui. E isso é apenas o começo.”

Os dramas Expresso do Amanhã (Netflix) e Extrapolations: Um Futuro Inquietante (Apple TV+) apresentam como poderá ficar a vida humana na Terra se o aquecimento global continuar numa crescente. Cada atração, dentro da premissa estabelecida, desenvolve a respectiva visão do planeta em ebulição. Confira:

Cena de Expresso do Amanhã na cabine do trem "a mil por hora"
Cena de Expresso do Amanhã na cabine do trem “a mil por hora”

Expresso do Amanhã

Exibida entre 2020 e 2022, com três temporadas (30 episódios), Expresso do Amanhã se passa em um futuro bem próximo. O ano é 2026 e o mundo está completamente congelado, resultado de um ecocídio, a destruição da natureza e do meio ambiente em larga escala.

Cientistas tiveram a (nada) brilhante ideia de esfriar a Terra mirando frear o aquecimento global, contendo assim o aumento da temperatura. Mal esperavam que o planeta ficasse todo congelado e inabitável. Bilhões e bilhões de pessoas morreram por causa disso. Apenas 3 mil sobreviveram, todas dentro de um trem com mais de mil vagões que cruza o globo sem parar.

A correção do aquecimento global foi um mico. Quem está dentro do trem tenta sobreviver. Tem gente que não desiste de achar um lugar minimamente menos frio na Terra, sonhando com qualquer ambiente habitável para retomar a normalidade.

Enquanto isso, a rotina nos vagões emula a vida em sociedade, quem sabe um espelho do que há de vir. A divisão entre classes é explícita. Nos vagões da frente estão a elite, desfrutando do bom e do melhor, com direito a estadia de luxo, comida boa e lazer.

No meio estão as segunda e terceira classes. Ali estão as pessoas que produzem e fazem o trem seguir em frente na velocidade ideal. No fundão da locomotiva estão os inválidos, ou fundistas, como descreve a trama. Eles são a escória, vivem de resto e amontoadas em condições insalubres.

Expresso do Amanhã propõe uma discussão sobre poder e política em uma sociedade apocalíptica. Os tais fundistas planejam uma revolução. No outro extremo, a elite não quer largar o osso do controle. Enquanto o lado humilde pensa em democracia e partilha de bens, o outro quer o status quo firme e forte, sem misturar as classes. O futuro pós “fervura global” caminha para repetir esse modelo, ao que tudo indica.

Kit Harington em cena de Extrapolations
Kit Harington em cena de Extrapolations

Extrapolations: Um Futuro Inquietante

Disponível no Apple TV+, a minissérie Extrapolations: Um Futuro Inquietante (2023, oito episódios) é a Black Mirror da mudança climática.

O início da trama é em 2037. Uma ativista, que nasceu em 2015, lidera um protesto entoando discurso que remete ao passado, quando estudiosos e cientistas alertavam sobre como o aumento da temperatura da Terra iria desencadear um caos na natureza

E foi isso que aconteceu, com a multiplicação de incêndios, derretimento de geleiras, extinção de animais… e o surgimento de refugiados do clima.

Mesmo nesse cenário, governos e empresas pouco estão se lixando para o clima. Eles não querem, de forma alguma, firmar compromissos para fazer com que o aumento da temperatura no planeta desacelere, que seja controlado. O argumento? Se toparem tal medida, a economia mundial vai afundar (enquanto isso, companhias registram lucros recordes ano após ano). Isso tudo soa familiar para você?

Extrapolations conta várias histórias paralelas que, de alguma forma, se conectam. E vai avançando no futuro, de 2037 até 2070.


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