Cancelada antes mesmo de ser lançada, a série live-action de As Meninas Superpoderosas teria Docinho woke e Lindinha bêbada. É o que revelam imagens inéditas da atração que vazaram em forma de um trailer. A rede americana CW, que encomendou o projeto e desistiu dele no meio do caminho, confirmou a veracidade das cenas, mas afirmou que nunca existiu um trailer oficial da comédia dramática.
Em 2021, a CW confirmou a produção de uma série live-action jovem adulta baseada no clássico desenho As Meninas Superpoderosas, com texto assinado por Diablo Cody, roteirista vencedora de Oscar pelo filme Juno (2007). Um piloto (primeiro episódio) foi gravado e reprovado; é dele que vêm as imagens vazadas. Até tentaram refazer a trama, sem sucesso. Dois anos depois, foi batido o martelo para enterrar de vez esse projeto.
É possível que o tal trailer não seja um trabalhador amador, montado por uma pessoa que tomou posse de algumas cenas. Pode ser um trailer criado por uma empresa terceirizada contratada pela CW (isso acontece) ou mesmo um produto carimbado pela Warner Bros. Television, a produtora da atração, que então pensava em exibi-lo durante algum evento destinado à indústria do audiovisual.
Na série As Meninas Superpoderosas, as versões jovens das queridas personagens foram vividas por: Chloe Bennett (Florzinha), Yana Perrault (Docinho) e Dove Cameron (Lindinha). Donald Faison, de Scrubs, ficou com o papel de professor Utônio.
O narrador classifica as meninas da seguinte forma: Florzinha, “constantemente estressada”; Lindinha, “constantemente bêbada”; e Docinho, “constantemente rebelde”. Em determinado momento, Docinho se recusa a usar um vestido por considerá-lo uma peça de roupa “gênero normativa.”
A premissa da trama indica que o trio, acidentalmente, mata a versão adulta e humana de Mojo Jojo, resultando na fuga de Florzinho, Docinho trabalhando como bombeira, Lindinha se arriscando em Hollywood e o filho vingativo de Mojo, Joseph “Jojo” Mondel Jr. (Nicholas Podany), tornando-se o prefeito de Townsville. Sete anos depois, as meninas superpoderosas voltam a unir forças para lutar contra Jojo Jr., que fez lavagem cerebral em Townsville e incriminou o professor Utônio.
Entre diversas cenas constrangedoras, tem uma que mostra as jovens conversando sobre romances e sexo, incluindo aí piada sobre ereção.
Na época, o presidente e diretor-executivo da CW, Mark Pedowitz, justificou não apenas o cancelamento do projeto, como enfatizou a importância de encomendar um piloto (primeiro episódio) antes de pedir uma temporada completa. É a ferramenta para analisar se a série é boa, se tem potencial, justamente para não colocar no ar algo horrendo. Anos depois, a rejeição faz todo o sentido.
Veja o tal trailer, em inglês, da série live-action de As Meninas Superpoderosas:
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João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br