DIVULGAÇÃO/HBO
Westworld foi uma das séries sacrificadas em prol do lucro
A Warner Bros. Discovery fechou o ano de 2023 com streaming gerando lucro. É a primeira vez que um grande conglomerado de mídia hollywoodiano alcança tal feito durante um ciclo anual completo. O resultado é fruto de uma política severa de cortes de gastos implementada por David Zaslav, o CEO (diretor-executivo) da companhia.
Além de reajustes na mensalidade, houve também um forte investimento em propaganda nas plataformas, como o plano com anúncio disponível na HBO Max (que vai virar Max, no Brasil, na próxima terça-feira, 27). Outra prática colocada em jogo foi e de priorizar a qualidade do conteúdo aprovado/produzido ao invés de apostar tudo na quantidade.
Essa vitória é importante para o posicionamento da Warner na guerra dos streamings dominada pela Netflix. Todo grande grupo de Hollywood que entrou no negócio de plataforma sob demanda, na última década, só tem acumulado dor de cabeça e prejuízos.
Em 2023, a Warner Bros. Discovery registrou um lucro de US$ 103 milhões, comparado a uma perda de quase US$ 2,1 bilhões, no ano anterior. Zaslav colocou em campo uma tática radical de cancelamento de séries não lucrativas, chegando até mesmo a removê-las da HBO Max para reduzir despesas de direitos de imagens e afins, vide o que aconteceu com a então badalada Westworld.
Com a influência dos investidores de Wall Street pesando cada vez mais, os streamings dos grandes conglomerados de Hollywood estão copiando o método da Warner. O objetivo é, a qualquer custo, fazer com que as plataformas deem lucro, contrapondo com a proposta inicial de focar apenas no aumento mais e mais do número de assinantes.
“Depois de executarmos o nosso plano estratégico de reposicionamento da empresa, estamos agora numa base sólida e com um caminho claro para o crescimento”, disse Zaslav, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (23). “Geramos US$ 6,2 bilhões em fluxo de caixa livre e pagamos US$ 5,4 bilhões em dívidas, no ano de 2023”.
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