Como filhote de Bridgerton, a minissérie Rainha Charlotte não poderia contar sua história sem (bastante) cenas de sexo. O detalhe é que o spin-off teve de dar um truque para driblar proibição da aristocracia britânica justo nos momentos mais íntimos da narrativa, enganando o telespectador. O mérito da artimanha imperceptível é das equipes de continuidade e direção de arte, atentas a todos os detalhes.
A maior parte das cenas de Rainha Charlotte (Netflix) foram gravadas em locações reais, casarões históricos que são propriedades da classe aristocrática do Reino Unido. Em troca da permissão de gravar nesses lugares emblemáticos, a produção precisou obedecer várias restrições visando a preservação de itens e móveis, incluindo aí as camas.
“Em muitas dessas casas senhoriais, você não pode ter cenas íntimas nas camas. Você não pode sequer tocar nas camas, muito menos movê-las”, revelou David Ingram, produtor de design de Rainha Charlotte, em entrevista ao site People.
O jeito foi recriar os quartos reais em um estúdio, reconstituição árdua pois foi necessário replicar exatamente todo o quarto no qual as cenas de sexo seriam gravadas. Isso para o telespectador não perceber as diferenças entre as cenas feitas no local real, com atores apenas conversando, e aquelas com eles em cima da cama durante o ato sexual (dentro do estúdio).
Esse trabalho detalhista atrás das câmeras foi bem intenso em Rainha Charlotte. As equipes que cuidaram disso tiveram tratamento como se fossem estrelas, porque parte do charme da franquia Bridgerton é justamente a decoração de época rica, relembrando a vida da nobreza britânica do século 18 e 19.
Logicamente, Rainha Charlotte não gravou as cenas nos locais exatos em que a trama é ambientada. Tudo foi adaptado. O Palácio de Blenheim virou a Casa de Buckingham, onde os protagonistas Jorge e Charlotte (India Amarteifio) vivem; a Casa Belton se transformou no Palácio de Kew, refúgio de Jorge; e o Palácio de Hampton se passou pelo Palácio de St. James.
O cuidado para preservar esses lugares históricos foi tão grande por parte da produção que até o peso de móveis criados para serem usados na série tiveram de ser considerados. “As peças que construímos do zero foram feitas para serem levíssimas, isso para não danificar o piso desse lugares históricos”, contou Ingram.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br
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