DIVULGAÇÃO/PRIME VIDEO
A atriz Nazanin Boniadi na série Os Anéis de Poder
Imagine a pressão de criar uma trama para a série mais cara de toda a história da TV. A dupla J.D. Payne e Patrick McKay assumiu esse desafio. Os dois elaboraram uma narrativa quase que do nada para trazer Os Anéis de Poder à vida. O drama fantasioso baseado na franquia O Senhor dos Anéis usou como referência apenas apêndices do autor J.R.R. Tolkien, publicados no terceiro livro da saga (O Retorno do Rei). Foi como montar um quebra-cabeça.
Quando se desenvolve uma série baseada em um livro, meio caminho está andado. Não importa a complexidade da obra, está em mãos toda a estrutura da atração. É só pegar a narrativa e adaptá-la no formato que funcione para a TV, dividindo a jornada em episódios.
No caso de Os Anéis de Poder, embora tenha como raiz todo o universo de O Senhor dos Anéis, não há um livro-base. Os tais apêndices são seis complementos, em torno de cem páginas, explicando melhor uma coisa ou outra desse mundo fantástico, como genealogias e pronúncias/grafias de nomes.
A espinha dorsal da série derivada é a chamada Segunda Era, um período misterioso da Terra Média por não haver tanta coisa escrita. Toda a coleção de livros se passa, praticamente, na Primeira ou Terceira Eras.
Aí que a coisa fica interessante. Os showrunners de Os Anéis de Poder, J.D. Payne e Patrick McKay, tiveram de mergulhar em um processo criativo que mais pareceu uma investigação forense. Evidentemente, cada detalhe ali colocado teria de fazer sentido com a história geral, se conectando com algo já visto ou mencionado nos filmes/livros.
Os criadores vestiram o colete de detetives e tiveram de juntar peças, pegar pistas ditas aqui e acolá em toda a franquia para colocar Os Anéis de Poder de pé.
Nas próximas semanas, aquele fã mais detalhista, no melhor estilo jurado de escola de samba, vai esmiuçar frame a frame da série para ver se há alguma falha. A dupla Payne e McKay fez de tudo para levar um 10 no quesito conjunto.
