PRESIDENTE DE SINDICATO

O que a atriz Fran Drescher fez em Hollywood além de The Nanny?

Atriz está na linha de frente de greve que para a indústria de entretenimento americana
REPRODUÇÃO/NBC
Fran Drescher, em 2020, na sitcom Indebted
Fran Drescher, em 2020, na sitcom Indebted

Presidente do sindicato dos atores hollywoodianos (SAG) e na linha de frente do movimento grevista da categoria, Fran Drescher é sempre lembrada pelo papel icônico da babá Fran Fine na famosa sitcom The Nanny (1993-1999). Mas… é só isso? Ela não atuou em outras produções além da comédia cultuada? Sim, ela fez muitas coisas nesse quase quarto de século desde o fim da atração. Porém, nada de grande destaque.

Não se preocupe: Fran não passou sufoco financeiro por causa disso. Até hoje ela contabiliza os valiosos royalties da comercialização de The Nanny, que é vendida aos quatro cantos do mundo. No Brasil, por exemplo, está disponível na HBO Max e no Prime Video.

Após o fim da sitcom popular, a atriz deu um bom tempo na atuação. Só voltou à TV quatro anos depois, em 2003, como atriz convidada na comédia Good Morning, Miami, na qual interpretou uma agente de talentos em três episódios.

Em 2005, veio a maior aposta de sua carreira de atriz pós-The Nanny. Ela foi a protagonista da sitcom Living with Fran na qual, vide o título, viveu outra personagem com seu mesmo nome civil. No caso, a Fran da vez, de sobrenome Reeves, era uma designer de interior, divorciada e mãe de dois filhos. A produção não pagou mico na audiência, na rede The WB (hoje The CW), mas não passou de duas temporadas.

Na sequência, foram cinco anos de sossego, aparecendo aqui e ali no mundo das séries, com direito a bater cartão na função de atriz convidada na franquia Law & Order, série Crimes Premeditados (2006), e passando pela HBO, na badalada Entourage. Ela até se arriscou como apresentadora do próprio talk show, The Fran Drescher Show, em 2010, porém foi um flop.

A atriz voltou a ser protagonista de um projeto de porte em 2011, à frente da comédia Happily Divorced, do canal pago americano TV Land. Aqui, a ideia foi bem honesta. Fran Drescher se uniu ao ex-marido, o roteirista e produtor Peter Marc Jacobson, na criação de uma série baseada na experiência de casados e divorciados. 

Até que a produção foi bem, durando três temporadas. Fran Drescher contracenou com Tichina Arnold, a eterna Rochelle de Todo Mundo Odeia o Chris. As duas interpretaram personagens amigas na trama.

Depois vieram mais participações esporádicas, como viver uma tia maconheira na comédia Broad City – A Cidade das Minas. Esse trabalho, em 2018, chamou a atenção da mídia pelo fato de ela, aos 60 anos, exibir uma forma enxuta, tudo em cima e no mais puro alto astral.

Sua última aventura importante na TV foi na sitcom Indebted, de 2020, criada por Dan Levy, astro de Schitt’s Creek; ela deu vida a uma mãe autoritária e dominadora. A atração foi cancelada após uma única temporada.

Fran Drescher (de branco) durante piquete em frente à sede da Netflix
Fran Drescher (de branco) durante piquete em frente à sede da Netflix

Fran Drescher, presidente de sindicato

Longe do glamour hollywoodiano, Fran Drescher chacoalhou os bastidores ao se apresentar como candidata da situação do SAG, o importantíssimo sindicato dos atores de Hollywood, para o pleito de 2021. A atriz entrou na cruzada sendo apoiada pelo grupo que comandava a associação há 12 anos.

O adversário dela foi Matthew Modine (o doutor Martin Brenner em Stranger Things, o “papa” de Eleven). Na campanha antes da eleição, Fran sofreu duras críticas por nunca ter tido qualquer trabalho ou convivência no mundo sindical. No final das contas, a vitória foi apertada, eleita com 52.5% dos votos dos atores filiados.

Fran pegou um pepinaço logo de cara. Ela foi defensora ferrenha do fim dos protocolos sanitários contra a Covid-19, estabelecidos em Hollywood em setembro de 2020. A atriz flertou com o discurso antivacina e defendeu que profissionais que não estavam imunizados, por razões médicas ou pessoais, deveriam voltar ao trabalho. Ela até deu voz a médicos que questionaram a eficácia das vacinas contra o vírus letal.

Depois desse furacão, precisou encarar a AMPTP, entidade patronal que representa os nove maiores estúdios de Hollywood. Com apoio de 98% dos filiados do SAG, Fran e diretoria decretaram greve da classe, em meados do mês passado. A presidente fez um discurso inflamado e feroz contra os patrões, saindo em defesa dos atores e atacando os executivos milionários da indústria do entretenimento.


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