ANÁLISE

Multifacetada, Sadie Stanley brilha na 2ª temporada de Cruel Summer

Revelada pela Disney, atriz de 21 anos é o alicerce da trama teen madura
DIVULGAÇÃO/PRIME VIDEO
Sadie Stanley nas três fases de sua personagem (Megan) em Cruel Summer 2
Sadie Stanley nas três fases de sua personagem (Megan) em Cruel Summer 2

Em seu principal trabalho na tenra carreira, a atriz Sadie Stanley não decepcionou sob os holofotes. Na pele de uma das protagonistas da segunda temporada de Cruel Summer, já disponível no Prime Video, a jovem de 21 anos brilhou de ponta a ponta na ótima trama adolescente. Vivendo a mesma personagem em três linhas do tempo, ela foi precisa nas transformações necessárias cobradas pelo roteiro, tanto no jeito de se comportar quanto de falar.

A segunda temporada de Cruel Summer é dividida em três partes, todas misturadas em cada um dos dez episódios. A narrativa se passa no verão de 1999, inverno de 1999 e verão de 2000. Detalhe: o ponto de vista das estações é do hemisfério norte (Estados Unidos), por isso o verão vem primeiro, no meio do ano.

Sadie interpreta a adolescente Megan Landry, na transição dos 17 aos 18 anos. Ela mora com a mãe em uma casa simples de uma cidade pequena no noroeste americano. As duas recebem, no verão de 1999, a garota Isabella (Lexi Underwood), rica filha de diplomatas que vai passar um ano por lá como estudante de intercâmbio. 

A força de Sadie Stanley em Cruel Summer 2 está na representação marcante de Megan ao longo dessas fases, com sua personagem se adequando ao filtro usado pela série que diferencia as linhas do tempo.

Leia no Diário de Séries: [Crítica] Cruel Summer sobe de nível com 2ª temporada madura e magnética

As três versões de Megan

No verão de 1999, Megan é uma adolescente típica, fofa e ingênua. Retraída, ela começa a se soltar com a chegada de Isabella, que é mais experiente. A camada inocente de Megan cai aos poucos, mas sem deixar de lado a timidez e o sorriso puro, embalado pelas aquelas músicas clichês pop da virada do milênio. O desabrochar começa quando passa a enxergar o melhor amigo desde a infância, Luke (Griffin Gluck), como mais do que amigo…

Nas cenas do inverno de 1999, o clima da série muda, fica mais sombrio. O visual teen de Megan é jogado no guarda-roupa. Entra em cena uma jovem mais madura, decisiva. A relação com Isabella, bem ou mal, contribuiu nisso. As duas passam a ser mais do que amigas, se tornando cúmplices. Isso por causa do mistério central da história.

Já no verão de 2000, Megan apresenta um visual dark, mudança totalmente drástica em comparação há um ano. Ela agora usa cores escuras, escuta músicas góticas e rock pesado, tem piercing na sobrancelha, é ríspida com todos ao redor… Ligou o f**@-se, resumindo. Daí vem uma pergunta importante: o que aconteceu com aquela Megan meiga de meses atrás?

Eis uma das forças da segunda temporada de Cruel Summer, que é justamente instigar o público a descobrir os motivos por trás dessa variação de comportamento brutal e inimaginável de Megan. Sadie faz o seu trabalho com primor, convencendo o telespectador que essa guinada no jeito de encarar a vida é justificável.

Revelada pela Disney encarnando a famosa personagem Kim Possible, no filme homônimo de 2019, Sadie Stanley tem carreira curta em Hollywood. Até então, seu trabalho de maior destaque na TV foi na comédia Os Goldbergs, integrante do elenco de apoio. Agora em Cruel Summer, ela simplesmente cravou uma das melhores atuações do ano.


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