Eis um número que ajuda a entender o peso da indústria de entretenimento americana. Em 2023, mais da metade (52%) do investimento em conteúdo televisivo no mundo vem dos Estados Unidos. É o que mostra relatório anual da Omdia, empresa londrina especializada em pesquisas sobre a mídia. O percentual cresceu em relação há dois anos (49%) mesmo com greve dupla, de atores e roteiristas, em Hollywood.
Ásia e Oceania estão à frente da Europa (região leste e ocidental) ocupando o segundo lugar no ranking de investimento. A razão disso não é apenas a força do soft power da Coreia do Sul com seus k-dramas arrebatadores. A China investe forte no entretenimento voltado à TV, com fatia de 23%.
Em números absolutos, de acordo com a Omdia, o gasto global em 2023 em programas de TV, excluindo esportes, gira em torno de US$ 164 bilhões (R$ 826 milhões). Desse total, US$ 94 bilhões é para custear conteúdo original, com o restante sendo destinado à aquisição de atrações de terceiros.
Durante painel na Mipcom deste ano, maior feira do mercado televisivo mundial, o analista de pesquisa da Omdia, Tim Westcott, revelou que a projeção de valor da TV global é de US$ 700 bilhões (R$ 3,5 trilhões), em 2023. Esse valor tem como base uma combinação de fatores, como receitas vindas de anunciantes, investimento (público e privado) e arrecadação de assinaturas (caso dos streamings).
“Essa é uma estimativa do tamanho do mercado televisivo em todo o mundo”, disse ele. “Fizemos esta pesquisa pegando pela base, estimando os gastos das emissoras, canais e plataformas de 119 países.”
Do faturamento total, os EUA representam 43%, com Ásia e Oceania no segundo lugar (25%).
Os cinco maiores conglomerados em receitas de produção e distribuição de TV mundial são dos EUA, como identifica o relatório. A NBCUniversal ultrapassou a Walt Disney Company para ocupar o primeiro lugar, com receita de US$ 8,71 bilhões, isso na temporada 2021-2022.
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