REPRODUÇÃO/PRIME VIDEO
Antony Starr na série The Boys
A maioria das pessoas que assistem séries ou filmes torcem “com frequência” ou “sempre” para o vilão ou vilã da narrativa. É o que aponta uma pesquisa, conduzida nos Estados Unidos, pelo instituto OnePool. Além disso, 60% dos entrevistados disseram que só acompanham alguma atração na TV ou no cinema por causa do vilão.
O objetivo do levantamento, que coletou respostas de 2.011 americanos, foi traçar a afinidade da audiência de produções da cultura pop com todo tipo de vilão, ver se o antagonista de uma história é visto como tão importante quanto o herói.
Com vários recortes, a pesquisa achou resultados curiosos. Pessoas da chamada Geração Z (nascidos de meados dos anos 1990 até o início do ano 2010) preferem que vilões se tornem heróis (45%) do que o contrário. Na carona disso, pegando todos os entrevistados, 36% disseram que o anti-herói é o melhor tipo de personagem.
Outra impressão interessante é que apesar desse amor pelo vilão, só 34% se imaginam interpretando o antagonista em série ou filme sobre a própria vida. Quase metade preferiria viver o herói.
Essa pesquisa é válida porque, sem vilão, não tem história. O mocinho ou mocinha de qualquer trama precisa ter alguma força oposta, um desafio para superar. Caso contrário, o que terá a ser dito? E é o vilão que move as estruturas de grandes filmes e séries.
João da Paz é editor-chefe do site Diário de Séries. Jornalista pós-graduado e showrunner, trabalha na cobertura jornalística especializada em séries desde 2013. Clique aqui e leia todos os textos de João da Paz – email: contato@diariodeseries.com.br