O streaming Lionsgate+ perdeu a guerra dos streamings. O serviço vai ser descontinuado no Brasil em 11 de dezembro, processo que faz parte de uma ação global orquestrada pelo grupo Lionsgate. O streaming deixa de operar na América Latina, seguindo remoção em alguns países importantes da Europa (França, Alemanha, Itália e Espanha). O plano do Lionsgate+ é ficar restrito aos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Desde 1º de novembro que o Lionsgate+ não aceita novos clientes. Contudo, todos os usuários ativos poderão renovar a assinatura até a data de encerramento. Depois disso, todas as assinaturas ativas serão encerradas automaticamente e receberão o reembolso proporcional, que pode demorar até 14 dias úteis para ser processado.
Os dois fatores principais para o fracasso do Lionsgate+ foram a oferta bem rasa de séries e poucas atrações de apelo. E quando tinha grandes lançamentos exclusivos para o Brasil, como o caso de The Great, a série estreava com bastante atraso em relação aos EUA.
O pior é que tem conteúdo original bom no catálogo, como The Girlfriend Experience, The Act, Gaslit e Vida. Para a companhia, vai ser melhor vender os direitos internacionais dessas e outras atrações para streamings interessados. Vai ganhar mais dinheiro assim.
Vale ressaltar que o estúdio do conglomerado é grande e já fez séries de peso, sozinho ou em parceria, do nível de Mad Men, Weeds, Nurse Jackie, Orange Is the New Black e Greenleaf.
A Lionsgate passa por processo de reformulação. Há a intenção de separar o estúdio de TV/cinema do Starz (canal/streaming). No cômputo geral, o balanço financeiro está azul, com projeções favoráveis após a compra da produtora eOne. Esse reajuste na caminhada serve para dedicar tempo ao que funciona de fato, que é a marca Starz nos EUA, e se livrar do que deu errado.
O Lionsgate+, antigo Starzplay, nunca foi um streaming forte no Brasil, mesmo tendo conteúdo de terceiros adquirido junto à Sony e Universal.
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