CAREIRA EM HOLLYWOOD

Hunter Schafer rejeita viver personagens trans: ‘Quero ser uma garota’

Atriz ganhou destaque por causa de sua atuação em Euphoria
DIVULGAÇÃO/HBO
Hunter Schafer na série Euphoria
Hunter Schafer na série Euphoria

Revelada pela série Euphoria (HBO), na qual dá vida à jovem Jules Vaughn, a atriz Hunter Schafer revelou que não quer mais interpretar personagens trans. Ela tocou nesse assunto em entrevista para a revista GQ, na qual estampa uma das capas da edição americana Global Creativity Awards deste ano. A jovem de 25 anos desabafou: “Quero ser uma garota e seguir em frente.”

Até por causa de Jules, figura marcante no elogiado drama da HBO, Hunter Schafer virou um símbolo da representação trans em Hollywood; ela fez a transição de gênero durante o último ano do ensino médio. Assim, ela recebe convites variados para viver tudo que é tipo de personagens trans, seja no cinema ou na TV, mas tem dito não a essas ofertas.

“Não quero ser [reduzida a] isso. E acho que isso é humilhante para mim e para o que quero fazer. Se eu deixar isso acontecer, sempre vão escrever ‘atriz transexual’ em cada texto publicado na imprensa”, comentou. Ela tem evitado usar a palavra “trans” durante entrevistas.

“Trabalhei muito para chegar onde estou”, continuou. “Eu superei estágios realmente difíceis na minha transição. Agora, só quero ser uma garota e finalmente seguir em frente.”

O posicionamento de Hunter é mais uma peça no debate sobre autenticidade em Hollywood, com pessoas trans brigando por representatividade, querendo ser escaladas para papéis trans ao invés dos estúdios cedê-los a pessoas cis.

Por outro lado, tem quem defenda um ator hétero, por exemplo, interpretar um personagem gay. Em programa da TV britânica, no mês passado, Eric McCormack compartilhou sua visão sobre o tema. Ele é heterossexual e dono de uma das interpretações mais icônicas de um personagem gay no universo das séries, na popular sitcom Will & Grace.

“Nunca fiz um papel no qual eu não estava interpretando alguém que eu não sou. Faz parte do trabalho”, argumentou. “Se atores gays não pudessem interpretar atores heterossexuais, a Broadway iria fechar”, disse se referindo ao principal polo do teatro americano.

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