MOVIMENTAÇÃO POLÍTICA

Hollywood abraça Kamala Harris, e campanha arrecada R$ 451 mi em 24 horas

De magnatas a operários, indústria de entretenimento americana se posiciona
REPRODUÇÃO/ABC
Kamala Harris durante discurso na Casa Branca, em 22 de julho
Kamala Harris durante discurso na Casa Branca, em 22 de julho

Após liderar movimento contra a reeleição de Joe Biden à Presidência dos Estados Unidos, a elite de Hollywood abraça a atual vice-presidente do país, Kamala Harris, em sua caminhada para ser a cabeça de chapa do Partido Democrata contra o ex-presidente Donald Trump (Partido Republicano), na eleição de novembro. Isso após Biden ceder à pressão e desistir da disputa.

O anúncio da desistência de Biden foi oficializado na tarde de domingo (21). Um dos fatores que pesou nessa decisão foi que grandes doadores do partido, muitos fincados em Hollywood, resolveram fechar a torneira e não realizar nenhum tipo de oferta aos democratas de qualquer nível até que o atual presidente abandonasse a ideia de reeleição. 

Então, 24 horas depois desse anúncio, Kamala e diversos comitês de campanha do Partido Democrata receberam nada menos do que US$ 81 milhões (R$ 451 milhões). Porta-voz da campanha de Kamala, Kevin Munoz disse à rede americana ABC que esse volume de doação é histórico.

De Damon Lindelof (showrunner de Lost) a Reed Hastings (cofundador da Netflix), passando até por Abigail Disney (herdeira do grupo Disney), figuras importantes do mundo do entretenimento americano agiram nos bastidores para Biden ceder seu espaço na eleição deste ano em prol de um nome mais jovial e competitivo, visando derrotar Trump. 

Eles cumpriram o que prometeram: cessaram as doações. Mas colocaram a mão no bolso, cedendo ofertas generosas, assim que o objetivo foi concluído.

Contudo, a rota não está completa, pelo ponto de vista dos magnatas hollywoodianos. Isso porque falta Kamala Harris ser oficializada como a representante do Partido Democrata contra o empresário e ex-apresentador de TV. Entra em jogo a burocracia da política. A indústria do entretenimento americana já fez sua aposta em sua candidata preferida.

Nomes como Spike Lee, Julia Louis-Dreyfus, Maya Rudolph, Sheryl Lee Ralph e Mark Ruffalo demonstram apoio público a Kamala.

Para Hollywood, Kamala Harris presidente dos Estados Unidos seria um ótimo negócio, em várias frentes. Ela é da Califórnia e fez toda a carreira lá: promotora pública, procuradora geral do Estado, senadora. Mesmo com residência na outra ponta do país, em Washington, Kamala teria Califórnia como filial, tal qual fez o ator Ronald Reagan quando foi presidente (Partido Republicano, de 1981 a 1989).

Gavin Newsom, governador da Califórnia e possível substituto de Biden (no mínimo um político presidenciável num futuro próximo), meio que se colocou fora desta briga e demonstrou apoio a Kamala, algo fundamental para ela se firmar como candidata para valer.

Fora os milionários e bilionários de Hollywood, os operários também apoiam a vice-presidente. O Iatse (Aliança Internacional de Funcionários de Palcos Teatrais) foi o primeiro sindicato hollywoodiano a demonstrar voto de confiança em Kamala; a associação representa mais de 170 mil trabalhadores da indústria de entretenimento, aqueles que atuam atrás das câmeras.

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