Após a estreia neste domingo (4), na HBO, The Idol vai entrar no debate sobre a hipersexualização feminina no mundo do entretenimento, especificamente nas séries. E promete ser uma produção exemplar sobre como explorar o corpo da mulher de forma exagerada, enquanto que o homem na mesma posição de igualdade dentro da trama sequer passa por situação parecida.
Pelos primeiros episódios, exibidos previamente para a imprensa, percebe-se claramente que Lily-Rose Depp, a protagonista feminina, é tratada como um objeto sexual, inserida em todo tipo de situação erótica possível. Por outro lado, The Idol poupa Abel “The Weeknd” Tesfaye, o protagonista masculino.
Um dos alvos de quem avaliou negativamente The Idol, cuja première ocorreu no Festival de Cannes, foi justamente expor Lily-Rose Depp de forma demasiada. Claro que não há problema, é saudável até, ter uma personagem que seja sexualizada, livre de amarras e fazendo o que bem entende e gosta.
Mas o drama da HBO eleva isso à décima potência, abuso nítido principalmente quando há comparação com seu colega de cena.
A personagem de Lily-Rose Depp, a pop star Jocelyn, é vítima do pornô da vingança, quando alguém espalha fotos íntimas de um ex-parceiro(a); ela aparece com o rosto coberto de sêmen. Há cenas de masturbação dela usando as mãos, um copo…
Fora os inúmeros momentos de sexo e nudez explícita, com o corpo de Lily, principalmente seios e bunda, expostos a todo instante. Nada disso se passa com The Weeknd, que interpreta Tedros, empresário que vira interesse romântico de Jocelyn.
Vale ressaltar um detalhe importante. Filha do astro Johnny Depp, Lily está no início de sua carreira de atriz; aos 24 anos, essa é a sua primeira série. Já The Weeknd, cantor famoso e premiado que está se aventurando como ator, é produtor e cocriador de The Idol. Ou seja, ele tem um poder de decisão gigante sobre o que a atração vai mostrar ou não.
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