PONTO-FINAL

78% dos atores de Hollywood aprovam novo contrato com estúdios

Votação recorde e histórica é uma grande vitória para Fran Drescher
REPRODUÇÃO/SAG
Fran Drescher, presidente do SAG, durante piquete
Fran Drescher, presidente do SAG, durante piquete

Ao contrário do que se propagou, a esmagadora maioria dos atores de Hollywood aprovou o novo contrato com estúdios e produtoras, válido até 30 de junho de 2026. A votação de ratificação do acordo firmado entre o sindicato da categoria (SAG) e a entidade patronal AMPTP, em 8 de novembro, se encerrou na última terça-feira (5). Exatos 78,33% dos atores votantes disseram sim ao novo vínculo trabalhista.

Esse número é muito mais alto do que se esperava, superando as últimas votações (74% em 2020, 76% em 2017). O SAG informou que a participação dos atores foi grande, com 38,15% dos filiados (são mais de 160 mil) comparecendo às “urnas”, contra 27,2% em 2020, e 15,3% em 2017.

Para que esse acordo fosse aprovado, o SAG precisava de 50% + 1 de votos sim. Nunca na história do SAG que um contrato aprovado previamente pela diretoria foi negado pelos integrantes nesse tipo de votação.

Assim, a greve dos atores hollywoodianos formalmente chega ao fim. Mas a indústria de entretenimento americana, desde o começo do mês passado, quando o acordo final foi anunciado, está ativa e a todo vapor, com muitas séries armando sets e ligando as câmeras para gravar novas temporadas e amenizar o atraso. 

O novo contrato é retroativo, começando a valer legalmente a partir de junho. Isso é importante porque teve produções, como o drama religioso The Chosen, que conseguiu permissões para gravar mesmo em meio a greve, por ser independente dos grandes estúdios integrantes da AMPTP. A contrapartida é fazer valer cláusulas do novo contrato de forma retroativa, pois na prática os atores trabalharam sem a cobertura sindical durante meses.

Como qualquer outra negociação entre operários e patrões, o acordo agora vigente apresenta melhorias como aumento salarial, ampliação de plano de saúde, carga horária, essas coisas. Os tópicos mais importantes discutidos foram maior repasse de residuais dos streamings (espécie de direito autoral/de imagem dos atores) e regulação do uso da inteligência artificial.


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