FREIO NA IA

Grammy limita poder da inteligência artificial: ‘Só humanos podem concorrer’

Premiação se posiciona contra composições feitas por robôs
DIVULGAÇÃO/THE RECORDING ACADEMY
Troféu do Grammy; só humanos podem ganhá-lo
Troféu do Grammy; só humanos podem ganhá-lo

O Grammy é a primeira grande premiação a se posicionar explicitamente contra o avanço da inteligência artificial em produções artísticas, pavimentando o caminho para outras cerimônias seguir, como o Emmy. O Oscar da música atualizou o regulamento para a edição do ano que vem e esclareceu: “Só criadores humanos estão elegíveis para concorrer.”

Essa postura chega em um período no qual Hollywood tenta achar a melhor maneira de lidar com a inteligência artificial, capaz de criar um roteiro completo de série ou filme, por exemplo. 

Na música, já há exemplos diversos de composições criadas por computador, algumas emulando cantores famosos. Coincidentemente, nesta semana, Paul McCartney disse que usou a inteligência artificial para finalizar uma nova canção dos Beatles, resgatando a voz do cantor John Lennon.

O Grammy reafirma nas diretrizes atualizadas: “Apenas criadores humanos são elegíveis para serem considerados, indicados ou ganhar um prêmio Grammy”. Toda obra sem autoria humana não poderá concorrer em nenhuma categoria. Se a música tiver algum material criado pela inteligência artificial, até pode ser elegível, desde que a autoria humana “seja significativa”. Quer dizer, maior e mais influente do que a computadorizada.


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